O amistoso entre Botafogo-SP e Corinthians, às 20 horas (de Brasília) de hoje, significa pouco em termos de experimentos táticos para Fábio Carille. O técnico havia projetado uma expectativa sobre a parada da Copa América, mas já avisa que alguns desfalques vão impedi-lo de testar o que ele mais queria no ataque alvinegro.

As principais ausências neste sentido são Clayson e Everaldo, dupla que Carille contava para usar três atacantes na equipe. "Tirei muito tempo da parada para elaborar um monte de coisas, mas perdemos jogadores e agora perdi uma semana [de testes em treinos]", lamentou ontem o treinador, após ambos atacantes se ausentarem das atividades com bola nos dias anteriores.

Os dois são desfalques no amistoso no Estádio Santa Cruz, assim como Michel Macedo (lesão muscular), Renê Jr. (transição), Jadson (fortalecimento), além de Cássio e Fagner (seleção brasileira).

Desta forma Carille é obrigado a improvisar na lateral direita, posição em que não tem titular ou reserva à disposição. Ele sabe que pode contar com Bruno Méndez ali e pensava em testar Ramiro para ter uma quarta opção, mas nem isso é possível porque o meio-campista tem dores musculares e está fora da partida.

No geral, portanto, Carille precisou abrir mão de um teste tático no ataque e de um teste pontual na lateral direita. Limitado pelas circunstâncias, está forçado a experimentar uma formação que nem gostaria de ter em campo: Pedrinho, Régis e Mateus Vital em uma linha de três meias - o treinador preferiu isso a incluir Janderson entre os titulares.

A ideia de ter três atacantes ficou para a semana que vem, a depender da condição física dos envolvidos. Contra o Botafogo-SP, é bom o torcedor ter paciência com a dificuldade na armação de jogadas. "Não vai mudar muita coisa. A característica que estou buscando não terei neste jogo, mas depois espero que melhore com Clayson e Everaldo juntos", projeta Carille.