A inoperância ofensiva do Corinthians de Fábio Carille, que não anotou gols nos últimos três jogos antes da parada para a Copa América, tem provocado intensos debates a respeito de alternativas que o treinador pode buscar para deixar o time mais agressivo. Uma delas é a de escalá-lo com dois centroavantes. Opções no elenco, afinal, não faltam. É difícil encontrar, no Brasil, outra equipe com três opções de área tão confiáveis quanto Gustagol, Vagner Love e Mauro Boselli.
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Carille já admitiu pensar nessa possibilidade, e o próprio Vagner Love – que foi o jogador mais utilizado do ataque alvinegro no primeiro semestre – já fez sucesso atuando ao lado de outro camisa 9.
Adotar tal formação, portanto, não seria nenhum absurdo.
Que o diga Gustagol…
Em entrevista exclusiva ao comentarista Flavio Prado, da Rádio Jovem Pan, o artilheiro do Corinthians na temporada abriu o jogo e disse que prefere atuar com outro centroavante. Autor de nove gols em 27 jogos no ano, o camisa 19 afirmou que, ao lado de outro jogador de área, sofre menos contra os zagueiros adversários.
“Eu já joguei com o Boselli do meu lado, com o Love do meu lado, já joguei sem os dois, já joguei com dois pontas rápidos… Eu confesso que, jogando com mais um (centroavante), fica mais fácil, porque aí o zagueiro não fica preocupado só comigo. Ele se preocupa com o outro atacante, também”, argumentou. “Mas essa situação aí é o Fábio (Carille) que tem de decidir, né?”, acrescentou.
Dos três centroavantes do atual elenco corintiano, Love foi mais quem entrou em campo no ano – 32 vezes. Boselli foi o menos utilizado, com 22 jogos, e Gustagol, apesar da artilharia da temporada, participou de 27 partidas.
Segundo ele, a disputa faz bem a todos. “É uma briga muito sadia, muito boa. Eles são mais experientes do que eu, mas procuram me passar um pouco do que eles viveram, até para me deixar mais tranquilo”, celebrou.
Questionado sobre qual foi o melhor zagueiro que enfrentou em 2019, Gustagol não pestanejou. “Eu tive bastante dificuldade contra o Dedé, do Cruzeiro”, revelou. “Ele é um zagueiro muito forte e técnico. O meu ponto forte é a bola aérea e, como ele também é muito alto, dificultou bastante o meu estilo de jogo”.
Gustagol também fez um balanço do primeiro semestre do Corinthians, contou quais são as expectativas para a metade final da temporada e respondeu se é melhor ou pior ter de disputar duas competições (Brasileirão e Copa Sul-Americana) daqui para frente.
Corinthians, Gustagol, Entrevista
Seria manter o romero para ajudar qualquer centroavante,ou então tire o centroavante e coloca o romero