Um dos nomes mais marcantes do futebol brasileiro, Gilmar Rinaldi foi o entrevistado de Benjamin Back neste fim de semana, em mais uma entrevista bombástica no Aqui com Benja, no FOX Sports. Ex-goleiro com passagens vencedoras por Internacional, São Paulo e Flamengo, além do tetracampeonato mundial com a Seleção Brasileira em 1994, Gilmar revelou outro momento de destaque: sua carreira como empresário.
Agente durante anos, o ex-goleiro foi o responsável pela chegada do atacante Adriano à Europa. Em uma declaração sincera, Gilmar Rinaldi abriu o jogo sobre como chegou a trabalhar com o jogador, muito antes do apelido de Imperador.
“Conheci o Adriano muito cedo, quando era diretor do Flamengo. Fiz o primeiro contrato profissional dele. Faltava um jogador para jogar o Rio-São Paulo. No treino ele fez duas jogadas e o Paulo Cesar Carpegiani, que era o treinador, me chamou e perguntou: 'Quem é esse cara?'. Disse que era um menino dos juniors e falei: 'Vamos levar para São Paulo?'. E a partir daí o universo começou a conspirar a favor dele”, disse o ex-goleiro, lembrando o momento em que o atacante passou a conviver com problemas na Europa.
“Com Adriano tudo o que aconteceu sempre foi muito grande. A estreia dele na Inter de Milão, o crescimento dele na Europa. É uma pessoa maravilhosa. Em um momento houve alguns problemas com o pai, um pouco da depressão. E aí começaram alguns problemas extra-campo que começaram a minar a carreira”.
“Em determinado momento não [me ouvia] mais. Eu era o chato. Fazia o papel que tinha que fazer. Tinha a figura de pai dele. O pai dele já tinha morrido. E pai é quem dá os limites, quem diz o que não é para fazer. Aí ele começou a viver uma vida mais independente. Era um dos jogadores mais importantes do mundo. Já não me ouvia tanto”, relembrou.
Para Gilmar Rinaldi, o momento de ruptura com o Imperador aconteceu na chegada do atacante ao Corinthians, em 2011. Segundo o ex-goleiro, as negociações com o Timão previam uma cláusula de acompanhamento psiquiátrico para Adriano, algo que não foi aceito.
“Quando ele veio para o Corinthians foi quando não me ouviu mesmo. Acertei contrato dele com uma condição: que tivesse o acompanhamento de um psiquiatra. Pela depressão que ele já tinha reconhecido. Como não aceitaram, fizeram um outro sem eu estar sabendo. Então eu falei: 'A partir de hoje eu não vou mais trabalhar contigo. Siga a vida sozinho'. No São Paulo ele teve um psiquiatra até um certo momento, e depois abandonou. Foi quando começaram os problemas”, disse Gilmar.
Grande jogar dor