Começou a Copa América 2019, com dois jogadores do Timão na equipe canarinho comandada por Tite: o goleiro Cássio e o lateral direito Fagner. Por isso, o Corinthians.com.br relembrará, nos próximos dias, as participações de atletas do Alvinegro nas edições anteriores da competição.
No ano do ápice da Democracia Corinthiana, em 1983, a Copa América foi disputada sem sede fixa, com jogos em vários países da América do Sul. Apesar da derrota dolorosa na Copa do Mundo do ano anterior, a Seleção conseguiu jogar boas partidas e saiu com o vice-campeonato, perdendo para o Uruguai na final. Naquele ano, o elenco canarinho contou com Emerson Leão, Wladimir e Doutor Sócrates.
O time alvinegro havia sido campeão do Campeonato Paulista, e, além disso, iniciado o maior movimento político da história do futebol. No período da Democracia Corinthiana, os próprios jogadores participavam de todas as decisões tomadas no clube por meio do voto. O grande idealizador e líder da nova filosofia democrática, que surgiu em meio ao período da Ditadura Militar no Brasil, era Doutor Sócrates, tido por muitos como o maior ídolo da história do Corinthians.
Sócrates começou sua carreira no Botafogo de Ribeirão Preto antes de chegar ao clube do Parque São Jorge. No Timão, o meio-campista mostrava um excepcional futebol de muita categoria, além de ser o líder intelectual da equipe no movimento que mudou a história do clube e do futebol brasileiro. Era também formado em medicina (daí o apelido de Doutor) tinha suas jogadas caracterizadas pela habilidade, inteligência e inigualáveis toques de calcanhar. Enquanto reivindicava por seus direitos e de seus companheiros fora de campo, dentro dele marcava gols decisivos que foram essenciais para a conquista do estadual de 1979 e em seguida para o bicampeonato de 1982 e 83.
Foi o único corinthiano representando o Brasil na Copa do Mundo de 1982 e também foi convocado na edição seguinte em 1986. Sócrates deixou o Corinthians como ídolo para sempre lembrado na história alvinegra e com 172 gols marcados ao longo de 298 jogos com o manto do Timão.
Outro representante da Seleção na Copa América de 1983 e ídolo do timão é Wladimir. Ninguém, em mais de 110 anos de história, vestiu a camisa corinthiana mais vezes que ele, foram 805 jogos. Unindo raça e técnica, o lateral-esquerdo honrou o Timão por 14 anos, de 1972 a 1985 e em 1987. Também é de Wladimir o recorde de partidas seguidas pelo clube, 161 jogos. Outro líder da Democracia Corinthiana, foi campeão paulista em 1977 e 1979, bicampeão estadual em 1982 e 83. Foi dele a cabeçada que o zagueiro da Ponte Preta, Oscar, salvou em cima da linha antes que Basílio marcasse, no rebote, o gol do título histórico de 77, que deu fim à 23 anos de jejum.
Já o goleiro Emerson Leão foi primordial para a conquista do Paulistão de 83, com atuações incríveis diante do Palmeiras na semifinal e contra o São Paulo nas partidas finais.
A 33ª edição da Copa América, realizada na Argentina em 1987, teve a Seleção Brasileira servida pelo goleiro do Corinthians Carlos Gallo. Carlos foi por muito tempo considerado um dos melhores goleiros do país, participou da Copa do Mundo de 1978 e 1982 como reserva e da de 1986 como titular. Quando defendia a Ponte Preta, foi ele que sofreu o gol do corinthiano Basílio na final do Campeonato Paulista de 77. Apesar de nunca ter conquistado um título jogando, ficou marcado por sua excelente técnica nos movimentos.
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