O Corinthians entra em campo na noite desta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), para encarar o Racing, na primeira fase da Copa Sul-Americana. Após o empate com gols em Itaquera, a obrigação é de vencer ou empatar com dois gols ou mais para ficar com a vaga de forma direta.



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Os argentinos, que se classificam com uma vitória ou o 0 a 0, contam com um treinador com fama de louco, mas que ganhou muitos elogios de José Mourinho no primeiro duelo.

“O Racing é uma equipe taticamente fluida, parecia uma equipe europeia no modo de ocupar o campo”, afirmou José Mourinho, ex-comandante de Inter de Milão, Real Madrid, Manchester United, entre outros, que analisou a partida a convite da DAZN.

Eduardo “Chacho” Coudet coleciona histórias desde a época de jogador e é apontado pela imprensa argentina como uma “grata surpresa dentro de um futebol cada vez mais chato, apático e ganancioso.

LOUCO?

“Posso parecer louco, mas na verdade eu não sou”, disse o treinador em entrevista ao argentino La Capital.

Olhando algumas histórias do passado como jogador, porém, fica difícil ver Coudet de uma forma normal.

Quando defendia o Platense, sua primeira equipe, Chacho resolveu que seria o condutor do ônibus da equipe, mas a ideia durou pouco tempo. Após algumas quadras, todo o elenco teve que deixar o veículo e caminhar até a concentração, já que Coudet não conseguia virar uma esquina, nem dirigir de ré.



Com a camisa do River, outro momento hilário. Contam que certa oportunidade um dirigente, de baixa estatura, entrou no vestiário do clube e Coudet não se conteve. Sentado, ele bateu nas pernas como se chamasse o cartola para sentar em seu colo, enquanto dizia: “Venha com o papai, venha com o papai”.

Defendendo o Rosário Central, outro exemplo de seu espírito. Em um jogo contra o Colón, Coudet se preparava para cobrar um escanteio quando um torcedor arremessou um cigarro acesso em sua direção. Ele não pensou duas vezes e cruzou a bola para a área enquanto fumava.

MUDANDO DE PAPEL

Foi justamente no Rosário que Coudet teve sua primeira chance como treinador, assumindo o posto em 2015 e ajudando a equipe a recuperar seu espaço de protagonista no cenário argentino, com a terceira posição no campeonato local e uma vaga nas quartas da Libertadores em 2016.

“Não tenho dúvidas, tomo as decisões que creio que são as corretas. Posso me equivocar, mas também busco corrigir. Me preparei para isso, estive quase quatro anos me preparando para dirigir e se aceitei o desafio é porque estou em condições”, disse na entrevista ao La Capital quando foi anunciado no cargo.

Em 2017 ele foi para o Tijuana, do México, e no ano seguinte assumiu o Racing, atual líder do Campeonato Argentino.



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ELOGIADO POR MOURINHO

“Fez eu me lembrar da Inter que eu dirigia porque usa o mesmo sistema tático, um 4-4-2 com dois volantes bem localizados no meio do campo, ocupando muitos espaços, e dois atacantes com muita mobilidade”, analisou Mourinho após o empate em Itaquera.

“Nós jogávamos com Milito, que agora é secretário técnico do Racing, e com Samuel Eto’o, que nos davam muita mobilidade no ataque. É muito difícil jogar contra um sistema assim”, completou o português.

O Corinthians sabe disso, tanto que só conseguiu um empate, com gol de Gustavo, na segunda etapa, mesmo enfrentando um time que poupava muito de seus titulares pensando no Campeonato Argentino.

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