Parece que, enfim, um pouco de sensatez começou a aparecer no futebol brasileiro. As decisões tomadas no Conselho Técnico da CBF, na última sexta-feira, apontam para, no mínimo, uma evolução em relação ao que se viu no ano passado e para uma tentativa de valorizar aquele que é o principal produto do esporte no País.



A utilização do VAR em todas as partidas do Brasileirão de 2019 é algo que chega com um ano de atraso. Se no ano passado a confederação não quis bancar a tecnologia e os clubes abriram mão dela para não ter que financiá-la, dessa vez se chegou a um acordo bom para todos os lados. Se a arbitragem brasileira deixa, e muito, a desejar, que se minimize os erros com o melhor que se tem à disposição, afinal, dinheiro não falta.

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Soma-se a isso a limitação do número de inscritos na competição, algo que me deixa também bastante satisfeito. Mesmo que exista uma margem muito grande para a utilização de equipes alternativas em determinadas ocasiões, uma vez que 45 nomes podem ser colocados à disposição dos treinadores (afora atletas com até 20 anos e com contrato assinado até 31 de dezembro de 2018, para os quais não há limite), não se corre tanto risco de ver os clubes praticamente abrindo mão de disputarem o campeonato em prioridade às Copas. O que se viu nos últimos anos foi um enorme desprestígio ao Brasileirão. Muito pelo calendário, é verdade, mas que pode ser minimizado com esta "barreira" imposta.

O Brasileirão tem que ser disputado com o que há de melhor, seja dentro dos times ou nos bastidores. E os movimentos feitos ao final desta semana, ao menos, apontam para esta evolução. Claro, sempre é possível melhorar, mas o primeiro passo foi dado. Que venham outros mais, já que o que todos querem é ver uma disputa sadia, leal, correta, profissionalizada ao extremo e com as principais estrelas desfilando seus talentos pelos gramados.



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