Foto: Marcos Ribolli
Helinho, de 18 anos, estreou pelo São Paulo no domingo passado e coroou sua primeira partida pelo profissional com um golaço no empate com o Flamengo. Neste sábado, o meia-atacante do Tricolor, inclusive, será uma das opções para o clássico contra o Corinthians, às 17h, em Itaquera.
O duelo contra o Corinthians, por sinal, faz cruzar a história de Helinho com a de Pedrinho, joia da base alvinegra que está se firmando no time profissional após enfrentar desafios que devem ser apresentados também ao são-paulino, como, por exemplo, o condicionamento físico.
Utilizado durante todo o segundo tempo contra o Flamengo, Helinho terá de passar por período de adaptação ao time profissional para poder ser utilizado com maior frequência e por mais minutos.
Está claro para a comissão técnica que o jovem meia-atacante do Tricolor ainda precisa adquirir maior ritmo de jogo para poder render o que se espera dele no profissional.
No São Paulo, Helinho é visto como um jogador vertical, com boa mira nas finalizações de média distância e perigoso no um contra um. É considerado um jogador rápido, mas não um velocista. Apesar de ser ponta, também pode atuar fechado atrás do centroavante.
O desafio o garoto agora é, portanto, ganhar um bom condicionamento físico para poder ficar mais tempo à disposição de Aguirre. Pedrinho, no caso do Corinthians, demorou a conseguir esse status.
Pedrinho participou de 51 jogos com o Corinthians em 2018, sendo titular em 28 deles. Contra o São Paulo, neste sábado, chega a uma sequência recente de quatro partidas sendo escalado entre os 11.
Aos 20 anos, ele tem alimentação acompanhada pela nutricionista do clube e faz uso diário de suplementos. Seus problemas físicos, portanto, já fazem parte do passado. Mesmo assim, ele ainda é tratado como uma pedra a ser lapidada.
Na avaliação da comissão técnica, o garoto ainda precisa evoluir alguns aspectos táticos. Escalado na maioria dos jogos como um extremo no lado oposto ao de Romero, o garoto apresenta algumas falhas na marcação, algo que ainda é novo para a sua realidade. Meia central na base, tinha pouca obrigação de marcar, algo que mudou na promoção feita por Fábio Carille ainda em 2017.
Outro diagnóstico é que Pedrinho precisa ser mais decisivo. São quatro gols marcados e mais quatro assistências na temporada. Ainda pouco para quem é monitorado por clubes gigantes da Europa, como o próprio Barcelona, da Espanha.
O futuro do jogador, aliás, é um tema importante no dia a dia do CT. Desde que seu empresário Will Dantas anunciou em suas redes sociais que o jogador deixaria o futebol brasileiro após a decisão do VAR que anulou seu gol na final da Copa do Brasil diante do Cruzeiro, a diretoria tem mantido conversas com o garoto para reafirmar o desejo que ele fique e evolua no clube.
O contrato dele é válido até 30 de dezembro de 2020 e a multa para fora do país é de 50 milhões de euros. O Timão tem direito a 70% dos direitos econômicos. Helinho, por sua vez, tem contrato com o São Paulo até abril de 2023.