Foto: Marcos Ribolli

Paciência. Esse foi o assunto comentado pelo treinador do Corinthians, Osmar Loss, após o empate por 1x1 contra o Atlético-MG, na Arena em Itaquera.

Na ocasião, Loss escalou a equipe com seis titulares, além de outros desfalques, o que deu espaço para muitos jovens. O comandante Alvinegro se lembrou de um pedido não muito antigo por jovens da base atuando mais no profissional - ou o termo "pratas da casa" utilizado por Loss, que também comentou que para isso é preciso tempo.

"O Corinthians teve uma mudança grande de jogadores e feita em meio de temporada gera dificuldades. É uma fase de reformulação e por mais que passe o tempo, não temos o hábito frequente de atuar com esses jogadores como titulares. Hoje colocamos jogadores, pratas da casa...tivemos muito jovens, uns cinco jogadores de 20 anos. Não ameniza para a torcida, mas atenua isso que talvez o estádio queria uma equipe mais experiente, rodada. A torcida sempre pediu pratas da casa, tem que ter paciência para isso", comentou Loss.

"O Corinthians é extremamente vencedor nas últimas temporadas. Se os resultados não são aqueles que esperam, é normal que fiquem insatisfeitos. Tem que ter paciência, entender, hoje foram seis jogadores diferentes. É um dia de festa, a gostaria de ter presenteado eles com a vitória. Cabe não sei se paciência, mas entender tudo o que está acontecendo", acrescentou. Perguntado se o time não poderia ser mais ofensivo, já que teve Ralf e Gabriel juntos por 90 minutos, ele explicou.

"Pensamos, fazia parte da ideia, avaliamos que o adversário era perigoso ali. Colocar um jogador mais ofensivo na função para mexer nos dois a gente mexeria estrutura que defensivamente não deu errado. A fase defensiva hoje não foi ruim, foi boa. O primeiro passo para vencer é não perder", justificou. Depois, Loss também respondeu sobre comentários a respeito de críticas que tem ouvido e de novo preferiu analisar o contexto mais geral.

"Se a gente avaliar talvez o rendimento, esperado e projetado, são justas [as críticas]. Se avaliar as dificuldades que a gente passa, a dedicação por um jogo melhor, trabalhar de dois em dois dias com jogos de altas dificuldades, o rendimento não está fora do normal. Não estamos satisfeitos, nem a diretoria, a torcida, os jogadores. Eu faço meu melhor no clube diariamente, estudo adversário, treinamos o tempo que temos, tudo o que poderia fazer de melhor está sendo feito".

Ainda analisando a partida, Loss fez uma menção ao aspecto físico, já que o planejamento foi pressionar o Atlético mais em cima. "Foi um jogo bastante truncado. As duas equipes competiram muito no meio-campo e a gente teve uma oscilação. O início foi muito bom, conseguimos pressionar, roubar bolas, criar oportunidades e fomos caindo. Sabíamos do risco pela sequência, enfrentamos uma equipe descansada".