A expulsão de Romero na derrota por 1 a 0 para o Fluminense, nesta quarta-feira, no Maracanã, pode até ter sido exagerada. No entanto, não serve para amenizar o desempenho de um Corinthians que, jogo após jogo, sofre para fazer o básico: criar chances de gol.
Contra o Flu, foram apenas quatro finalizações em 90 minutos. Em 40 deles, o time estava completo, com Romero em campo, e mesmo assim mostrou futebol muito pobre no setor ofensivo.
O retrospecto recente é preocupante:
O Corinthians é o time que menos finaliza no Campeonato Brasileiro: apenas 9,5 tentativas por jogo, mesma marca do América-MG (dados do Footstats);
Em agosto, o Corinthians só fez três gols (todos contra a Chapecoense) em sete jogos;
Sem centroavante, Pedrinho e Clayson têm rendido bem abaixo da média, e Jadson é a única opção de criatividade no meio-campo – e está longe de seu melhor momento técnico;
Com centroavante, o desempenho é ruim também porque a bola não chega até o 9 – e a fase de Jonathas e Roger não ajuda;
Osmar Loss tenta formações diferentes a cada jogo, e em nenhuma delas o time se sente confortável.
O técnico, aliás, tem sua parcela de responsabilidade, mas está longe de ser o único culpado pelo momento de incertezas do Corinthians. Osmar Loss não negociou quatro titulares no meio do ano, não fez as propostas milionárias da Arábia Saudita que desmantelaram a antiga comissão técnica. E nem caiu de rendimento dentro de campo...
– A análise do jogo de hoje é prejudicada pela expulsão, o time foi guerreiro, competiu para caramba, não ficamos por uma bola, não tivemos capacidade disso. Temos que melhorar, ter uma forma de jogar, encontrar um desenho no meio para ter a bola e criar ofensividade, precisamos chegar mais ao gol adversário – reconheceu Loss.
No próximo sábado, o Corinthians recebe em casa o lanterna, Paraná. O Timão entrará na partida com o alerta ligado, pois hoje se encontra apenas sete pontos na frente do Z4.