Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians

Fagner vive, aos 28 anos, momentos de ansiedade de menino.

A pouco menos de um mês da convocação definitiva de Tite para a Copa do Mundo da Rússia, o lateral-direito do Corinthians convive diariamente com as perguntas sobre sua expectativa para integrar a seleção brasileira na busca pelo hexacampeonato. E ela está grande.



Recém-campeão paulista contra o Palmeiras, o camisa 23 mantém o discurso de que é preciso estar em alto nível no Corinthians para merecer a chance. Em 2018, soma 21 partidas pelo clube. Ao mesmo tempo, conta os dias para o fim de sua deliciosa agonia.

Hoje concorrendo com nomes como Danilo, do Manchester City, e Rafinha, do Bayern de Munique, para a função de reserva de Daniel Alves, do PSG, o jogador do Timão será observado in loco em mais dois jogos pela comissão da Seleção: contra o Atlético-MG, dia 19, em Belo Horizonte, e contra o Independiente, em 2 de maio, em Itaquera.

Foto:Pedro Martins/MoWA Press

– Não sei te dizer se estou perto da Copa, procuro não pensar muito. É lógico que existe uma ansiedade para que chegue dia 14 de maio e se defina a lista para você saber de fato o que vai acontecer. Mas é que digo sempre: tenho que estar bem no Corinthians. Quando a gente pensa muito numa coisa que não tem, pode acabar não rendendo e relamente ficar sem tê-la – disse.

É impossível, porém, não pensar em coisas que não se tem. No próprio Corinthians, por exemplo, Fagner persegue um título que já lhe escapou duas vezes nas oitavas de final (em 2015 e 2016): o da Libertadores. Líder do Grupo 7 com sete pontos, o Timão se mantém invicto e sem ser vazado depois de três partidas disputadas.

– A Libertadores é um sonho que tenho, um desejo. Tenho que me preparar e estar bem, a gente sabe a força do Corinthians. Meus companheiros pensam igual, sabem da importância de cada competição que entramos. Então, 2018 pode ser um ano tão maravilhoso ou até melhor que 2017.

Cria da base, Fagner já soma 247 partidas e quatro títulos no Timão – dois Paulistas e dois Brasileiros. Com experiências internacionais por PSV, da Holanda, e Wolfsburg, da Alemanha, não escondia há alguns anos a vontade de voltar à Europa. Algo que vem diminuindo...

– Estou muito feliz no Corinthians, é inexplicável. Entrei no meu quinto ano, com quatro títulos. Estou em casa, no clube que me criou, perto da família. Não tenho motivos para estar melhor. A cabeça boa faz você render mais, te deixa bem no dia a dia saber que sua esposa e seus filhos estão bem. Tudo isso vai se juntando e formando aquela bola de felicidade – destacou.

De volta ao Brasil após vencer o Independiente na Argentina, o Corinthians treina nesta quinta-feira e depois viaja para Curitiba, onde enfrenta o Paraná Clube no domingo, às 11h (de Brasília), pela segunda rodada do Brasileirão. O Timão derrotou o Fluminense por 2 a 1 na estreia, em Itaquera.

Veja mais trechos da entrevista com Fagner:

Tamanho do título no estádio do rival

– Conseguimos algo grandioso para a história do clube e para nós enquanto atletas. Ficamos felizes, satisfeitos e orgulhosos do que conseguimos. Já comemoramos, conquistamos, mas na vida as coisas passam rápido. Temos de nos programar para as próximas competições.

Revolta do Palmeiras

– Cara, nós, Corinthians, não temos o que falar. Fomos lá e fizemos o nosso papel. Conquistamos o campeonato. Se eles se acham no direito de fazer algo, de entrar com recurso, é uma coisa deles. Eles têm de saber o que é melhor para eles. Para nós, não cabe mais nada, acabou o campeonato, conqusitamos, fizemos por merecer.

Repetir o primeiro turno do Brasileirão 2017

– Difícil fazer o que fizemos no ano passado, ficar um turno inteiro sem perder num Campeonato Brasileiro. Vamos pensar jogo a jogo, como foi no ano passado. Cada jogo vai se desenhar com sua história. Nosso grupo é bom, inteligente e todo mundo quer vencer sempre.