Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Cristian e Jô não são mais jogadores do Corinthians. Os dois, contudo, ainda têm dinheiro a receber em direitos de imagem, segundo revela o demonstrativo financeiro do clube referente a 2017. Somando o que cabe ao volante e ao atacante, o valor chega a R$ 11 milhões, sendo que ao menos R$ 9 milhões não têm previsão de pagamento nesta temporada.



Os números estão registrados no item “exploração de imagens a pagar”. Jô iniciou 2018 com um total de R$ 7,5 milhões a receber, através da empresa “JÔ Assessoria Esportiva e Marketing Ltda”. Já à “CC Baroni Administradora e Marketing Ltda”, de Cristian, cabem R$ 4,5 milhões.

Há diferenças, porém, nas naturezas dos débitos. Dos R$ 7,5 milhões que o Corinthians mostra ainda ter que pagar a Jô, só R$ 2 milhões têm previsão de ser quitados em 2018, já que constam no documento como “circulante” – ou seja, devem ser pagos no exercício seguinte. Assim, é possível que o clube já tenha ao menos diminuído essa quantia nos primeiros meses do ano.

Já os R$ 4,5 milhões restantes e também os R$ 4,5 milhões que Cristian ainda tem direito são discriminados como “não circulante”, ou seja, sem previsão de pagamento em 2018.

No caso de Cristian, aliás, o mesmo valor já havia aparecido no balanço de 2016, também como “não circulante”. O contrato do volante com o Corinthians se encerrou ao final de 2017.

Elias, Tite, Gustagol...

O demonstrativo financeiro corintiano ainda aponta ao menos R$ 6 milhões em pagamentos de direito de imagem que devem ser feitos em 2018 para jogadores ou técnicos que já não estão no atual elenco. Se encaixam nesse caso nomes como Lodeiro, Elias e até Tite.

No total, são R$ 35,4 milhões em direitos de imagem a ser pagos neste ano. O balanço indica que Ángel Romero (R$ 1,4 milhões), Rodriguinho (R$ 979 mil) e Jadson (R$ 1,2 milhões), por exemplo, têm quantias a receber. Alguns outros débitos não são identificados a que atleta se referem.

Entre os que têm o nome revelado, ao lateral-esquerdo Fábio Santos cabe R$ 276 mil; ao volante Elias, R$ 600 mil; ao zagueiro Anderson Martins, R$ 650 mil; ao atacante Elton, R$ 871 mil; ao técnico Tite, R$ 976 mil; e ao uruguaio Lodeiro, R$ 600 mil.

Há também valores a ser pagos para Guilherme, emprestado ao Atlético-PR e com R$ 1,19 milhão a receber através da empresa “Brazilsport Assessoria Desportiva Ltda”; e Gustagol, atualmente no Fortaleza e com direito a R$ 991 mil pela “Olé Sport & Intermediações Ltda”.

A maior quantia a ser paga em 2018 cabe à “GT Sports Assessoria Esportiva Ltda”, R$ 6,9 milhões. A empresa é de propriedade do empresário Thiago Ferro, que tem ligação com o atacante Malcom e com o lateral-esquerdo Guilherme Arana, que deixaram o Corinthians recentemente.

Do total de R$ 35,4 milhões “circulantes” do balanço, R$ 12,9 milhões são apontados como “outros contratos de direito de uso de imagem”, sem ser possível, portanto, identificar a origem.

Já como "não circulante", o clube indica um total de R$ 20,4 milhões a ser pago. Além de Cristian e Jô, aparecem com quantias a receber novamente Rodriguinho, Jadson e Guilherme, duas empresas sem identificação de ligação com atletas específicos e mais R$ 5,7 milhões em “outros contratos”.