Foto: Bruno Cassucci

Torcida próxima do campo, catimba, clima de Libertadores. Nada disso preocupa o técnico Fábio Carille para a partida entre Corinthians e Independiente, da Argentina, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília). A pressão temida pelo comandante alvinegro é outra, tática.

Após assistir a vídeos de oito partidas do Rojo, o treinador e seus auxiliares concluíram que um dos pontos fortes do adversário é a intensa marcação feita logo após perder a posse da bola.

Assim, no entendimento de Carille, o Timão precisará ter velocidade e precisão para trocar passes e não perder o controle do jogo, bem como fazer inversões, a fim de pegar o rival desorganizado.

– Eles têm uma linha que se organiza até com seis (jogadores) para marcar, porque eles encaixam marcação e vão até o fim – comentou o técnico.

Curiosamente, o aspecto emocional, que foi determinante na última vez que o Corinthians esteve em Avellaneda, não causa dor de cabeça em Carille. No ano passado, diante do Racing, pela Copa Sul-Americana, o Corinthians "entrou na pilha", de acordo com o próprio treinador, e teve dois jogadores expulsos.

Desta vez, além de estar mais experiente, o Timão está mais forte mentalmente na opinião de Carille:

– Não acredito que pressão vai ser maior do que foi contra o Palmeiras, quando trabalhei para que gente jogasse futebol, chegasse firme e não entrasse em confusão – opinou.

Diante do Independiente, o Corinthians terá a formação considerada ideal por Carille, com o retorno de Jadson no meio de campo na vaga de Mateus Vital. Ralf segue como titular, deixando Gabriel na reserva. Embora tenha negociações avançadas com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânica, Maycon volta à equipe. Ele foi sacado no último domingo, contra o Fluminense, para que Renê Júnior ganhasse mais ritmo de jogo.

Líder do Grupo 7 com quatro pontos, um a mais que o Independiente, o Timão irá a campo com: Cássio, Fagner, Balbuena, Henrique e Sidcley; Ralf, Maycon, Romero, Jadson, Rodriguinho e Clayson.