Foto: Mauro Horita/Estadão Conteúdo
A evolução de Clayson em aspectos desejados pelo Corinthians tem sido evidente nos últimos meses. Aos 23 anos, e cada vez mais titular de Fábio Carille, o meia-atacante também tem provado que evoluir no aspecto disciplinar, bastante valorizado dentro do clube, pode ser o próximo passo. Escalado por Carille para enfrentar o Independiente-ARG na Copa Libertadores, na noite desta quarta-feira (18), ele tem boa oportunidade de provar maturidade.
"Não vou falar que não errei, errei em estar na confusão. Se pudesse voltar, nem entraria na confusão para poder jogar", declarou Clayson, na última semana, sobre o episódio que marcou a final do Campeonato Paulista e que fez com que ele, suspenso, não participasse do jogo do título no Allianz Parque.
A confusão generalizada da primeira partida com o Palmeiras foi a segunda, em três dérbis, em que Clayson se envolveu. A anterior, que também teve Felipe Melo como protagonista, rendeu gancho no último Campeonato Brasileiro. Esse tipo de situação é tudo que o Corinthians e Carille não querem na Copa Libertadores, principalmente de um jogador que tem tido evolução considerada.
No último domingo, Clayson completou 90 minutos pela quarta partida nessa temporada, o que já é motivo para satisfação. Em 2017, ele chegou ao clube no início do Brasileirão e terminou o ano com apenas três jogos inteiros. A comissão técnica tem trabalhado para que o jogador suporte melhor o ritmo e possa iniciar e terminar 90 minutos sempre que necessário, como foi contra o Fluminense. Carille ia tirar Clayson de campo, mas Romero é quem pediu substituição.
"Venho evoluindo desde que cheguei. Melhorei a parte física, venho terminando muitos jogos. Somos [pontas] os que mais correm, ao lado dos volantes. Com isso, minha finalização e término de jogada vêm evoluindo. Estou melhorando para corresponder cada vez mais em alto nível", explicou Clayson.
Ele relaciona um preparo físico cada vez melhor à evolução para brilhar mais na frente. "Tenho que evoluir, fazer o melhor em terminar a jogada, mesmo cansado. (...) Procuro evoluir. Sou autocrítico. Sei quando vou bem e mal. Tento evoluir finalização, término de jogadas, taticamente, a marcação. Se analisar nosso treino de finalização, eu finalizo muito bem. Mas, no jogo, corre para lá e para cá, às vezes a perna já está inchada [na hora de bater a gol] e não dá a mesma pressão na bola. Às vezes, não é força, é jeito", completou.
Clayson, que reconhece a necessidade de evitar cartões e confusões como dos dois dérbis, também deixa claro que não abre mão de seu estilo. "Dentro de campo, eu vivo o jogo, o momento e não gosto de perder. Defendo minha camisa do começo ao fim. Se achar que é certo, vou brigar pelo Corinthians".