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O Corinthians não sonha com a contratação de Mario Balotelli. O mesmo não pode ser dito sobre Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing e comunicação do clube. Em entrevista concedida ao programa Saudações Corinthianas, do site Meu Timão, o dirigente esclareceu a polêmica gerada recentemente em torno de uma eventual investida alvinegra na contratação do craque italiano.



"Nunca disse que queria comprar o Balotelli. Disse que meu sonho de consumo era ter o Balotelli. O que imagino: com o passar de alguns anos, o Balotelli vai estar mais amadurecido e com um preço mais acessível; nós estaremos mais ricos e com condição de fazer um lance mais forte. Tem muito tempo ainda pela frente", explicou.

"Se você lembrar a primeira vez que a gente chegou, eu falava em comprar o Kaká. E compramos o Ronaldo, foi muito melhor", acrescentou, entre risos, se recordando de sua primeira passagem pelo marketing corinthiano, nas antigas gestões de Andrés Sanchez e Mário Gobbi.

Tão logo assumiu suas funções no novo mandato de Andrés, Rosenberg citou Balotelli como sonho de consumo numa entrevista ao portal GloboEsporte.com, em fevereiro. A repercussão foi grande entre torcedores, e muitos interpretaram equivocadamente as declarações do diretor. O atacante italiano, cabe aqui destacar, hoje tem 27 anos, joga no Nice, da França, e recebe algo em torno de R$ 1,8 milhão por mês.

Foto: Meu Timão

Entrando mais afundo no assunto, Rosenberg contou o porquê de Balotelli ser tão almejado em seus sonhos como responsável pelo departamento de marketing do Corinthians.

"Acho um pecado uma personalidade futebolística, e como gente, como o Balotelli não jogar no Corinthians. Ele, quando nasceu, a mãe dele deve ter dito: 'vai, meu filho, vai ser jogador do Corinthians na vida'. Ele está lá gastando tempo enquanto a gente não tem preparo financeiro para isso. Mas ele foi feito para nós", concluiu.

E hoje?! Ibra? Torres?

Se Balotelli, por questões financeiras e de plano de carreira do jogador, ainda está inacessível ao Corinthians, outros medalhões do futebol internacional estão um tanto quanto soltos no mercado da bola. São os casos, por exemplo, do sueco Ibrahimovic, se aventurando no futebol estadunidense, e do espanhol Fernando Torres, que confirmou recentemente estar de saída do Atlético de Madrid.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o Corinthians contratar em breve um camisa 9 de peso nos moldes da negociação com Ronaldo Fenômeno, Rosenberg argumentou não ter o poder de decisão que costumam atribuir nos últimos anos ao departamento de marketing.

"Desde a chegada do Ronaldo, ficou a impressão de que as grandes contratações quem decide é o marketing. Picas! Não tem nada disso. O futebol decide e, quando sente que o desafio financeiro é muito grande e precisa construir algumas estruturas específicas, aí chama o marketing", afirmou.

"Nunca na minha vida cheguei perto dos técnicos com quem a gente trabalhou e falei: escuta, por que não põe o Pedrinho? Por que demora tanto para colocar o (Matheus) Matias, pô! Não faço nada disso, para ficar bem claro que o poder do marketing é até o limite em que gera felicidade e dinheiro", finalizou.

Vale lembrar que o Corinthians está em busca de um centroavante experiente no mercado da bola desde o fim do ano passado, quando Jô foi vendido ao Nagoya Grampus, do Japão.