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Era noite de uma quarta-feira, dia nove de junho de 1999, quando o Corinthians empatou com o São Paulo por 1 a 1 no Morumbi e garantiu sua vaga na decisão do Campeonato Paulista daquele ano. Depois de vencer o jogo de ida por 4 a 0, o Timão garantiu o resultado com gol de Edílson, craque do Timão no torneio.
Depois de superar o rival tricolor nas semifinais, o Alvinegro teve à sua frente o Palmeiras, seu maior rival. O torcedor corinthiano Carlos Augusto Torres, adolescente na época, relembra o dia e também sua expectativa para o primeiro jogo do clássico que iria definir o campeão estadual daquele ano.
“Na época tinha 17 anos, minha maior preocupação era chegar na fila cedo para conseguir comprar os ingressos para os jogos. Geralmente ia de ônibus para o Morumbi, embarcava na Consolação e ali mesmo já começava a torcida e a batucada. Minha expectativa era dar o troco. Eles haviam nos eliminado na Libertadores poucas semanas antes. Não poderíamos perder o jogo de jeito nenhum”, diz Carlos.
Com ambos os jogos no Morumbi, a equipe comandada por Oswaldo de Oliveira venceu o confronto da ida por 3 a 0. Edilson abriu o placar depois de passe magistral de Vampeta, Marcelinho ampliou de pênalti já aos 45 do segundo tempo e Dinei fechou a conta no último minuto.
“A torcida apoia o tempo todo, principalmente nos clássicos. No estádio o clima era de confiança já que tínhamos um time muito forte. O Timão havia jogado bem nos outros jogos, sabia que o gol uma hora sairia. No fim do jogo era êxtase total. Com dois gols no final da partida você sai do estádio completamente eufórico”, relembra.
Na grande final, contando com um placar muito favorável do jogo de ida, o Corinthians saiu na frente com Marcelinho Carioca após tabela com Ricardinho. O rival palestrino virou o jogo mas Edílson contou com bela assistência de Ricardinho para balançar as redes e deixar tudo igual, resultado que confirmou o título.
“Levamos dois gols em pouco tempo e deu aquele frio na barriga, mas somos Corinthians! Nada vem tão fácil quanto parece. Chovia muito e lembro de ficar pelo menos uns 20 minutos comemorando o título dentro do estádio. Depois saímos e caminhamos até a Francisco Morato onde pegamos um táxi com sete pessoas, além do motorista. Óbvio que era corinthiano”, termina Carlos.