A partir desta sexta-feira (16), o corinthians.com.br relembrará personagens históricos que de alguma maneira participaram do período da Democracia Corinthiana, movimento que teve início em 1982 no clube do Parque São Jorge. Na primeira parte, o idealizador: Adílson Monteiro Alves.

Eleito presidente no Corinthians no início de 1982, Waldemar Pires deu o cargo de diretor de futebol para o sociólogo Adílson Monteiro Alves, então com 36 anos. Com ideias “revolucionárias”, o jovem dirigente encontrou um grupo de jogadores politizados e cientes do momento político do país.



Após presenciar e participar de algumas reuniões entre os atletas alvinegros, Adílson decidiu que as opinões dos jogadores, liderados por Sócrates e Wladimir, seriam ouvidas pela diretoria do clube do Parque São Jorge. A nova postura nos bastidores do Timão se opunha ao momento do Brasil naquele início dos anos 80. Comandado pelos militares desde 1964, o país vivia uma rotina onde o diálogo e a liberdade de expressão dificilmente aconteciam.

Apoiado por Waldemar Pires, Adílson concorreu à presidência do Corinthians em 1995, mas foi derrotado por Roberto Pasqua.

Tido como criador de Democracia Corinthiana, Adílson Monteiro Alves é ex-dirigente da União Estadual dos Estudantes (UEE) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi dirigente da Executiva do PMDB-SP e da Federação Paulista de Futebol. Pelo PMDB, foi deputado estadual em duas legislaturas (1987/1991 e 1991/1995).

Presidiu as Comissões de Esporte e Turismo e de Redação, da qual também foi vice-presidente. Ocupou ainda a vice-presidência da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia. No governo Fleury, foi secretário de Estado de Cultura (1991/1993). Foi eleito para a Constituinte do Estado de São Paulo com 57.800 votos. Participou como membro efetivo da Comissão da Ordem Econômica e Social e como suplente da Comissão de Sistematização da Constituinte.