A convocação de Fagner, do Corinthians, para os jogos contra Rússia e Alemanha, os últimos da seleção brasileira antes da convocação para a a Copa do Mundo, dividiu o torcedor brasileiro.



Enquanto muitos corintianos aprovaram o reconhecimento de Tite ao trabalho do dono da lateral direita alvinegra, outros torcedores questionaram a escolha e voltaram a falar sobre o rótulo que o camisa 23 tenta se livrar: o de ser um jogador violento.

– Jesus não agradou todo mundo, não é o Fagner não vai agradar – disse, em entrevista coletiva.

Fagner celebrou a convocação com o filho Henrique (Foto: Marcelo Braga)

A má fama que Fagner luta para encerrar começou por conta do lance envolvendo Ederson, do Flamengo, em 2016. O corintiano deu um forte carrinho e o adversário acabou machucado.

– Infelizmente a gente vive num mundo em que você é julgado por uma atitude, e não por um contexto geral. Estou começando o meu quinto ano de Corinthians e tive três expulsões fazendo todo ano pelo menos 50 jogos. Infelizmente, tem pessoas que não gostam de você e que vão falar. Mas o importante é meu caráter, que está intacto. É o exemplo que passo para o meu filho. A quem quer falar mal, não posso fazer nada – declarou o jogador.

Aos 28 anos, Fagner voltou à lista de convocados depois de se ausentar das duas últimas relações, contra Chile e Bolívia, pelas Eliminatórias, e dos amistosos diante de Japão e Inglaterra. Agora, ele espera se manter até a Copa do Mundo.

Fagner deu entrevista coletiva nesta segunda-feira (Foto: Marcelo Braga)

– Todo sonho de criança é virar jogador e vestir a camisa da Seleção. Poder ir numa Copa do Mundo é uma gratificação grande que marca a carreira. Espero estar na lista em maio para realizar esse sonho – afirmou.

Fagner vai desfalcar o Corinthians em parte do mata-mata do Paulistão. O Brasil enfrenta a Rússia, dia 23 de março, em Moscou, e a Alemanha, dia 27, em Berlim, período que coincide com o segundo jogo das quarta (21 de março) e as duas partidas das semifinais (25 e 28 de março).