O técnico do Corinthians, Fábio Carille, participou do programa Seleção SporTV na tarde desta quinta-feira, com uma entrevista ao vivo ao narrador Cleber Machado, no quadro "1 x 1", no CT Joaquim Grava.

Dentre os vários assuntos abordados, um deles foi a recente mudança tática do Timão, que passou a atuar sem um centroavante. A alteração ocorreu no clássico contra o Palmeiras, há duas semanas, quando a equipe venceu por 2 a 0, em Itaquera. Carille contou que a novidade causou estranheza logo que anunciada por ele ao elenco.



– Quando eu passei isso, o Rodriguinho foi um que deu um passinho atrás, porque ia mudar muito para ele não ter um cara na frente. Eu eu falando "não quero vocês com os beques, vem rodar, deixa o zagueiro sem bola, você e o Jadson trabalham. Vamos criar superioridade por dentro." Aí fomos para o campo e ele se sentiu melhor, vi ele com uma cara melhor [...] Ele se sentiu à vontade no treino, entendeu que eu não queria ele como centroavante, e no jogo foi o melhor em campo – disse Carille.

Carille também foi perguntado sobre o futuro da sua carreira. Embora tenha dito que pretende seguir por muito tempo no Corinthians, ele não descartou dirigir um rival do clube, como o Palmeiras.

Sou um profissional. Sei que não serei eterno no Corinthians, apesar de que eu quero fazer história no futebol brasileiro, ficando muitos anos no clube. Mas no dia em que eu sair daqui... estou aberto para trabalhar – declarou o treinado, que tem contrato com o Timão até o fim de 2019.

O comandante alvinegro falou do tempo em que era jogador, da experiência como auxiliar e falou sobre o desejo de ir para a Europa no futuro se aperfeiçoar. Segundo Carille, o clube que ele mais gostaria de conhecer é o Barcelona, da Espanha.

Ele também rasgou elogios a Vanderlei Luxemburgo, com quem fez estágio no início da carreira, no Santos, e disse que ele foi o que mais o impressionou por sua capacidade de mudar jogos.

Indagado sobre a sua maior preocupação no momento, Carille disse:

– A minha preocupação ainda é achar o time, ajustar melhor essa nova forma de jogar, essa está sendo a maior busca. Não falo em títulos sem antes estar jogando bem. Semana passada, a equipe foi muito boa dentro dessa ideia, mas temos margem para crescer – comentou.