Foto: Daniel Augusto Jr/Ag Corinthians

Não é só a falta de um centroavante que tem quebrado a cabeça do técnico Fábio Carille neste início de temporada do Corinthians. O Timão 2018 está bem mais exposto na defesa do que no ano passado. Os números comprovam isso.



Segundo dados do Footstats, o Corinthians toma um gol a cada 8,8 finalizações. Para efeito de comparação, no Paulistão do ano passado, o adversário precisava finalizar quase 20 vezes para fazer um gol no Timão.

No Brasileirão de 2017, os rivais necessitavam de 27 finalizações para vazar a equipe, a melhor média entre as 20 equipes do torneio.

culpa do esquema tático?
Carille optou por mudar a formação do Corinthians nesta temporada. O técnico deixou de lado o 4-2-3-1 do título brasileiro e passou a adotar o 4-1-4-1, famoso na era Tite.

Na prática, o treinador tirou um volante (Camacho encerrou a temporada como titular, mas Maycon atuou mais tempo na função) e colocou mais um meio-campista de criação (Jadson), diminuindo o poder de marcação e aumentando a qualidade técnica. Com Jadson e Rodriguinho pelo meio, Gabriel passou a ser o único jogador com características defensivas no setor

No jogo da última quarta-feira, na derrota por 1 a 0 para o São Bento, na volta à Arena, Carille repetiu a formação no 4-1-4-1, com Gabriel ocupando o posto de único volante. Maycon ficou no banco. No segundo tempo, Camacho entrou no lugar de Jadson, e a equipe voltou ao 4-2-3-1.

Na entrevista pós-jogo, o técnico Fábio Carille não descartou voltar a usar o sistema que rendeu dois títulos no ano passado. Camacho desponta como favorito a entrar na disputa interna com Maycon. Por outro lado, Jadson é quem mais corre risco de sair.

– Ainda estou em um processo de procurar. Gostei no começo do que a gente fez no 4-1-4-1, agora não está funcionando tanto. Preciso ver se são as peças ou o meu treinamento que precisa ser melhor. A partir de amanhã começo a ver isso – afirmou o treinador.