Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

“O carinho que eu tenho pelo Corinthians e pela torcida nunca vai mudar, mas é meu direito como trabalhador.” Foi desta forma que o ex-zagueiro Chicão justificou a briga na Justiça contra o Timão, que deve lhe garantir aproximadamente R$ 3 milhões. O ídolo alvinegro no início da década acaba de ganhar no TST (Tribunal Superior do Trabalho) um processo em última instância contra o clube.



“Eu não queria sair do Corinthians. Mas falaram ‘obrigado e tchau’. De forma curta e grossa”, relembra Chicão, referindo-se ao ano de 2013. “Vieram me avisar que o presidente não queria minha permanência e agradecia meus serviços. Mas, além de tudo isso, ainda me deviam. Então, resolvi procurar os meus direitos”, completa o ex-jogador, citando Mario Gobbi.

Chicão cobrou na Justiça, por meio do advogado João Henrique Chiminazzo, uma diferença de 15% em relação ao repasse dos direitos de arena do período em que defendeu o Timão, de 2008 a 2013. A lei garantia aos atletas 20%, mas o Corinthians só destinava 5% ao segundo zagueiro com mais gols na história alvinegra – a notícia da vitória de Chicão no TST foi publicada primeiro pelo Lance.

“Se eu ganhei a ação, é porque eu tenho direito. Espero que o torcedor entenda meu lado”, emenda Chicão, lembrando que ainda tinha mais meses de contrato com o Corinthians quando foi “convidado” a sair. Ele acabou acertando com o Flamengo, onde conquistou o título da Copa do Brasil naquele mesmo ano de 2013.

Antes de vencer o processo em última instância, no TST, o defensor já havia tido sua pedida acolhida em duas instâncias. O departamento jurídico do Corinthians ainda não dá a causa como perdida completamente e cogita recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal).