As cenas de agressão que marcaram a eleição de Andrés Sanchez como presidente do Corinthians, no último sábado, não passarão em branco, de acordo com a nova diretoria. A partir desta segunda-feira, funcionários do clube vão analisar as imagens de segurança no Parque São Jorge e de emissoras de TV que cobriam a votação.



A intenção é verificar se sócios participaram do tumulto generalizado, que resultou na agressão de dois jornalistas da Espn e obrigou Andrés a ficar preso num banheiro feminino por 20 minutos, para não apanhar, minutos após ser declarado vencedor.

Caso fique provado que associados participaram do ocorrido, eles serão submetidos a um julgamento da Comissão de Ética do Corinthians, que pode adotar quatro caminhos: absolvição, advertência, suspensão ou até expulsão do quadro de sócios.

Guerra antiga: As tentativas de agressão a Andrés, segundo pessoas próximas ao novo presidente, não partiram de quaisquer dos quatro grupos políticos derrotados na eleição. “A confusão foi armada pelos integrantes da São Jorge”, afirma um parceiro de Andrés, referindo-se a uma facção dissidente da Gaviões da Fiel.

“Os membros da São Jorge nunca gostaram do Andrés. É uma perseguição antiga”, completa o dirigente corintiano, pedindo para não ser identificado com medo de represália. “E o pior é que a grande maioria deles nem é sócia do clube. Os caras entraram na marra no Parque São Jorge.”

Andrés foi eleito com 1.235 votos, contra 830 de Paulo Garcia, 803 de Roque Citadini, 460 de Felipe Ezabella e 278 de Romeu Tuma. Ainda houve 18 votos nulos e 13 em branco.