O Corinthians segue na busca de encontrar um substituto para o atacante Jô. Henrique Dourado, que chegou a ser pretendido, está praticamente fechado com o Flamengo, e o técnico Fábio Carille ainda não viu no elenco alguém com a mesma qualidade técnica e de característica tática semelhante às do destaque na campanha do hepta brasileiro. Se Lucca e Júnior Dutra aparecem como opções com mais habilidade, Kazim mantém o estilo de Jô de homem de área. No entanto, não vem agradando, tem irritado a torcida, e o treinador corintiano já dá sinais de que o jogador será sacado para a partida contra o Novorizontino, no próximo domingo. Mas o narrador Oscar Ulisses acha que o técnico corintiano ainda vai esgotar todas as chances com o centroavante.



- A impressão que dá é que o Carille deve insistir com o Kazim. Eu acho que ele vai esgotar. Numa relação de grupo, um técnico que promete, dá uma chance para o Kazim, fala que vai ter um trabalho com ele, eu acho que isso afeta um grupo inteiro. O Kazim passa a ter uma oportunidade, não é bem visto pela torcida, pela imprensa, aí depois tem outra, outra... Isso tem que se esgotar. Para o grupo, parece que é um pouco mais lento, tem que demorar um pouco mais. Isso para o técnico ter o grupo na mão, ter uma relação mais confortável; Eu acho que isso deve acontecer no Corinthians, mas o Kazim... Tem que ajudar um pouquinho.

Para o jornalista Alexandre Lozetti, do GloboEsporte.com, enquanto o reforço não chega, Carille ainda vê em Kazim o jogador dentro do elenco com as características mais parecidas com as de Jô, que não atrapalhariam a forma de o time jogar.

- O Corinthians tem vários jogadores que podem jogar como centroavante, como os falsos 9, ou até o 9 de fato, o Danilo, mas eles mudam um pouquinho a ideia de jogo coletivo, ofensivo, que o Carille tem. Eu acho que o Kazim tem sido privilegiado nessa posição nesse início de ano para não quebrar essa maneira de jogar. Essa maneira ofensiva de você ter um cara maior, de corpo, que segura o zagueiro, que prende o zagueiro na área, que vai disputar uma bola aérea quebrada. O próprio Júnior Dutra já não faz exatamente o que faz o Kazim. É mais bonito, na minha opinião, ver o Júnior Dutra, porque eu acho que ele tem mais recursos do que o Kazim. Mas coletivamente, eu acho que o Carille ainda busca alguém melhor que o Kazim que possa manter a ideia de jogo ofensiva.

O comentarista Lédio Carmona vê potencial em Lucca - para ser testado na posição de atacante mais fixo, mas considera que o clube, na verdade, quer usá-lo como moeda de troca numa negociação. A repórter Mayra Siqueira acha que o jogador ainda terá de esperar a sua vez.

- O Lucca eu acho que é um caso diferente, um pouco especial, porque o Carille já gostava dele, queria utilizá-lo, mas achava que ainda não era o momento e não estava pronto. Ele não quis ficar na reserva, não quis o esperar o momento dele, e foi para a Ponte. Bateu o pé e pediu para ir, o Carille não queria ter negociado. Foi, se destacou e voltou. Parece que ele volta no mesmo status que ele saiu: "Você vai ter que conquistar o seu espaço aqui." eu até imagino o Carille querendo utilizá-lo, e quem sabe como um 9. Não necessariamente um centroavante, talvez, tão 9 quanto o Júnior Dutra, mas ainda não é também o momento. O Carille é do peril de "vamos esperar um pouco, vamos insistir. Este é o momento em que ele pode esperar a insistir. Ainda não começou a Libertadores, ele está no Paulistão."