Fábio Carille, técnico do Corinthians, e o atacante Kazim (Foto: Daniel Augusto Júnior)

– Tem jogadores para fazer isso, sim. Se vai dar a mesma resposta, não sabemos. Mas existe. Tanto eu como o centro de inteligência do Corinthians trabalhamos para isso. Há um investimento alto para jogador com essas características. Se não chegar, vamos buscar alguém com outra característica, um cara mais centralizado, sendo pivô. Esse jogador vai chegar, sim, alguém que preencha bem e brigue pela primeira bola. Não sei se vai ser um cara rápido, de sair, armar e fazer gols... mas a gente vai chegar com um (camisa) 9, sim. Sei que a diretoria está trabalhando para isso – explicou Carille.



Apesar do discurso, Carille, sua comissão e a diretoria do Corinthians sabem que não é fácil encontrar um centroavante com as características de Jô. O artilheiro do último Brasileirão foi fundamental para a equipe em 2017 não só balançando as redes, mas também ajudando a segurar a bola no campo de ataque, abrindo espaço nas defesas adversárias e dando passes.

Além disso, o centroavante teve papel importante fora de campo, aconselhando os mais jovens e "dando a cara a tapa" em momentos de dificuldades.

Carille também se preocupa com as expectativas sobre o substituto de Jô. Ele entende que o próximo centroavante do Timão terá de lidar com muita pressão.

– Quem chegar, não pode ter esse peso, mesmo se for alguém que já esteja no grupo. Não é fácil substituí-lo, mesmo que tenha um investimento alto. O Jô começou a ser o diferencial da equipe em fevereiro ou março, é preciso dar esse tempo.

No primeiro coletivo do Corinthians no ano, Kazim foi o escolhido para substituir Jô. O meia Danilo treinou como referência do ataque na equipe reserva. O elenco alvinegro ainda tem Carlinhos e o recém-contratado Júnior Dutra, que não é centroavante, mas pode desempenhar essa função.

Um dos nomes estudados pelo Timão para o ataque é Vagner Love, mas o retorno dele é considerado como muito improvável.