Peça importante no título brasileiro do Corinthians, Clayson promete mais fôlego em 2018, após sua primeira pré-temporada no clube. Aos 22 anos, ele sofreu nesta temporada para começar e terminar jogos, atuando por 90 minutos. Por isso, demorou para virar titular com Fábio Carille.


É que sofro um pouco de câimbras. Estou fazendo um trabalho nutricional e na academia para elas irem sumindo e eu poder aguentar os 90 minutos. No meu último jogo, fiz os 90 minutos e tive também alguns outros. Depende da intensidade do jogo. Mas em 2018 vou evoluir.

Jogador de lado de campo, o garoto mostrou bastante desgaste na reta final dos jogos, já que a função obriga a chegada à frente com velocidade e a recomposição defensiva de qualidade.
É uma posição que dificilmente o jogador termina o jogo. É claro que conseguir é importante, mas é uma posição que exige bastante – analisou o garoto.

Foram 29 jogos no Timão, todos no Brasileirão. Titular em 12, ele só ficou o jogo inteiro em campo em quatro – o último no empate por 2 a 2 contra o Atlético-MG, no jogo da entrega da taça.

A situação física, aliás, foi determinante para que o técnico do Timão demorasse para fazer dele um titular. Mesmo com gols contra São Paulo, Cruzeiro e Coritiba, foi mantido no banco nas quatro partidas seguintes e só virou titular no clássico contra o Palmeiras, quando o time venceu por 3 a 2 em Itaquera e embalou na briga pelo título. Na ocasião, substituiu Jadson.

– Pelas informações que pegamos com Ituano e Ponte Preta, Clayson dificilmente terminava jogo pela questão física. Ele está passando por um processo para aguentar 90 minutos. Envolve alimentação, suplementação e musculação. Eu tinha essa dúvida de ter só ele com essa característica. E se a gente sair perdendo, e o Clayson sentisse com 20 minutos do segundo tempo? Era um desafio – revelou o técnico Fábio Carille em entrevista recente.

Preparador físico do Timão, Walmir Cruz disse que o trabalho continuará em 2018:

Temos que fazer um trabalho melhor de base nele. Ele sentia muitas câimbras na Ponte. A gente minimizou isso, não é que não teve, mas minimizou. Fizemos trabalho extra com ele. Assim que terminava o treino, a gente levava ele para dentro do CT e fazia trabalhos específicos. Estamos preparando o Clayson, ele não está pronto para chegar e falar que ele vai ter 90 minutos numa sequência de sete ou oito partidas. Precisa preparar com cuidado – explicou o profissional.

De férias, Clayson passou os últimos dias, em Botucatu, no interior de São Paulo, onde nasceu. Por lá, ganhou o nome de uma rotatória em homenagem da Prefeitura. Na quinta-feira, publicou foto no estado da Flórida, nos Estados Unidos, ao lado da namorada.