A campanha de sonhos do Corinthians no primeiro turno não se repete no returno. O time não passou por mudanças e a janela de transferências não interferiu, mas os números já são bastante diferentes.



O time que não perdeu na primeira etapa do Brasileirão acumula quatro derrotas nos últimos nove jogos. Sim, o líder do campeonato é o time que menos vezes foi derrotado, mas já não repete nem os números e nem o desempenho em campo.

Caracterizado por ser um time bastante equilibrado em campo e frio na hora de matar os jogos, o Corinthians chegava a irritar seus adversários por manter sua equipe acertada defensivamente e aproveitar vacilos nos jogos mais apertados.

Na derrota diante do último final de semana, diante do Bahia, o time de Carpegiani criou diversas oportunidades pelos lados, por alto e também pelo meio de defesa.

O treinador Fábio Carille, em entrevista coletiva, destacou o que era mesmo perceptível: o time já não entra em campo com a mesma concentração que entrava antes. Não é de empenho que Carille fala. Nem de falta de garra. O que se via era que os jogadores do time baiano pareciam mais ligados – talvez pressionados pela posição desconfortável na tabela de classificação.

Carille, como costumeiramente faz, não fugiu de perguntas espinhosas. É difícil apostar que aquele desempenho retorne aos gramados. O encantamento parece ter passado.

Além de manter a vantagem que garante a liderança, Carille tem como teste para o seu amadurecimento na carreira conduzir a a queda de rendimento com a mesma franqueza e frieza que vem mostrando até agora.

No Brasil, e em muitos outros lugares do mundo, jogar bem e fazer um elenco limitado ser líder do principal torneio nacional de clubes pode não ser suficiente. Carille sabe disso e sabe também que precisa recolocar o time nos trilhos. O caminho que ele utiliza é o da serenidade. Que bom que ele tem se mostrado mesmo diferente!

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