Para cada elogio que se faça ao Corinthians na vitória por 3 a 1 sobre o Coritiba é possível que haja também uma ressalva.
A equipe ganhou, mas passou sufoco.
Mostrou a força do elenco ao superar os quatro desfalques, porém também teve diversos jogadores abaixo da média.
O ataque desencantou e voltou a fazer mais de um gol em uma partida após dois meses. Por outro lado, se não fosse Cássio...
É consenso que o Timão ainda não jogou o que pode neste segundo turno – e talvez nem volte a jogar mais. Mas a entrega e o futebol apresentados diante do Coxa, se repetidos, muito provavelmente serão suficientes para o hepta do Brasileirão graças à gordura conquistada nas 19 primeiras rodadas.
No duelo de quarta-feira, em Itaquera, o Corinthians começou bem, fazendo triangulações, buscando passes verticais para furar a marcação adversária e com Jadson mais ligado do que nos últimos jogos. Com calma, os donos da casa encontraram espaços e, assim, abriram o placar logo aos 9 minutos.
O cenário estava armado para o Timão pôr em prática sua estratégia habitual: dar a bola ao adversário e esperar brechas para contra-atacar. O problema é que a marcação não funcionou como de costume, e o Coritiba poderia até ter ido para o intervalo vencendo se não fosse Cássio.
Há que se considerar as baixas de Fagner e Pablo na defesa, bem como a de Romero, fundamental na marcação pelo lado esquerdo. Mas até mesmo os titulares Balbuena e Guilherme Arana estiveram em noite pouco inspirada.
Pior: mesmo com 10 dias para treinar, o Corinthians voltou a repetir velhos erros, o principal deles nas bolas paradas. O gol paranaense foi o nono pelo alto dos 16 sofridos neste Brasileirão.
Carille, então, fez o esperado, recorreu à mudança treinada nos últimos dias e que já havia dado certo contra São Paulo e Cruzeiro.
Clayson entrou na vaga de Maycon, e o Timão adotou o 4-1-4-1, ficando assim:
Aí voltamos ao início deste texto. O elogio à alternativa tática pode vir acompanhado da crítica à falta de criatividade da formação titular. Ao exaltar Clayson, é possível também lembrar que só ele e Jô conseguiram balançar as redes pelo Corinthians em oito partidas do returno. Sobrou vontade. Mas ansiedade também...
Você pode ver o copo meio cheio ou meio vazio, só não pode desmerecer os méritos e a vantagem do líder, favoritíssimo ao título brasileiro.
O Corinthians de 2017 não repete o enredo de 2015, quando foi crescendo ao longo da competição e atingiu o auge justamente nas rodadas derradeiras do título. Lembra mais o Palmeiras do ano passado, que teve momentos de brilhantismo na primeira metade de competição e contou com mais transpiração do que inspiração na reta final. A equipe vai criando casca – e também cada vez mais cara de campeã.
Corinthians é assim mesmo,se não ter sofrimento não é timão a emoção do sufoco e calmaria da vitória é que produz a adrenalina pra próxima rodada , então vamo,vamo meu timaaaaaoooooo...
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