10/10/2017 17:49

77 VIVE

Por Tatiane Araújo

77 VIVE
“É gente que se abraça, é gente que chora, é gente que ri”, improvisa o locutor Fiori Gigliotti pela Rádio Bandeirantes.

No mês de outubro, a nação corinthiana celebra 40 anos do título de 1977. E não há alguém no mundo do futebol que não conheça a história dessa conquista que significou muito mais que a entrega de um troféu, mas sim, a redenção de uma nação inteira de fiéis.

Fiéis, que por mais de uma década viram dedos apontados em sua direção, seguido de piadas, chacotas e humilhações, mas que mesmo assim sustentaram-se ao lado de um clube que há 22 anos não celebrava uma conquista relevante.

Não apenas sustentaram-se, como foram capazes ainda, de proliferarem este sentimento: Os 22 anos de jejum, assim conhecido, foi o período em que a torcida do Corinthians alcançou um crescimento inigualável, transformando-se num fenômeno social e deixando no ar uma pergunta: O que levaria milhares de pessoas a torcer por um time que há anos não ganhava nada?

Apesar de naquela época, o Campeonato Paulista ter um valor muito maior que qualquer outra competição em disputa, seria mais fácil e inclusive mais óbvio, que a equipe que conquistou a Libertadores, os torneios Intercontinentais, Rio São Paulo e que ainda contava com o maior jogador de todos os tempos em seu time, conquistasse também a maioria dos corações.

Mas o povo escolheu o Corinthians para amar. Ou melhor, uma vez que ser corinthiano é verdadeiramente uma dádiva, diria que o próprio Corinthians os escolheu.

Tão eterno quanto o Paulista de 77, também são as tentativas incansáveis por parte da massa anti-corinthiana de depreciar essa conquista histórica. Há de se compreender, pois ser corinthiano amigo, não é para qualquer. Você tem que nascer preparado. Precisa vir ao mundo com a simplicidade da massa operária de 1910, com o espírito de garra da Democracia de 82-84. Tem que ser concebido com a perseverança dos fiéis que se mantiveram de pé em meio ao jejum de duas décadas e se render à humildade de se deixar levar pela emoção da invasão de 76. Pra ser corinthiano, aquele coritnhiano raíz, você tem que ser humilde de alma e rico de espírito.

Talvez, porque sofrer seja a sina de todo corinthiano mesmo. Está marcado nas nossas origens, em nossas raízes, em nossos primórdios.

Somos espelhos da brandura de pintores de parede do inicio do século XX, como Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira. Somos a simplicidade da vida de sapateiros e cocheiros como Raphael Perrone e Anselmo Correa. Somos a reprodução da vida dura de trabalhadores braçais, como Carlos Silva. Somos discípulos de pessoas que sentiram o peso da desigualdade social e viram no futebol a única forma de lutar contra ela.

Somos aquele gol esperado por 22 anos e marcado somente aos 36 minutos do 2º tempo, depois de um bate e rebate dentro da área. Somos o povo cujo coração ferido batia nas pontas da chuteira do discreto Basílio, que escapou da morte para se tornar herói pela eternidade.

Somos a fumaça dos fogos de artificio que formaram uma nuvem sobre o gramado naquele 13 de Outubro e que até hoje não se dissipou. Somos a comemoração interminável de um ano que ainda não acabou... 77 VIVE!


Por Tatiane Araújo


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exatamente isso 1977 esse ano não acabou . por qto eu ainda viver jamais esquecerei o dia 13 de outubro de 1977

somos o maior clube do mundo

isso é corinthians!

vai Corinthians, fomos , somos é sempre seremos a grande fiel torcida.

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