O processo longo e desgastante de recuperação do meia Danilo está mais próximo do fim. Treinando com bola e sem reclamar de dores mais fortes há duas semanas, o jogador de 38 anos vive a expectativa de reforçar o Corinthians nos próximos jogos. Ainda que tenha seu futuro indefinido.



A diretoria alvinegra vai esperar um pouco mais para conversar com Danilo, que não joga desde julho de 2016 e tem contrato até o fim do ano. O meia deixou claro que quer renovar e jogar profissionalmente por mais uma temporada. O clube mantém cautela.

Danilo teve três lesões que o impedem de jogar há mais de 400 dias:

Fratura na tíbia e na fíbula da perna direita, em agosto de 2016, que demandou nove meses de recuperação;

Estiramento muscular na panturrilha esquerda, em junho de 2017;

Nova lesão muscular na panturrilha esquerda, em agosto de 2017.

As duas últimas paradas foram por causa do desequilíbrio muscular gerado pela lesão mais grave. Esses fatores, somados à idade do jogador, tornam a recuperação mais complicada.

– O processo está lento, a gente não quer sobrecarregar, ele veio duas vezes para o departamento médico e está voltando ao campo de novo.

Como ele é um jogador de 38 anos e vem de uma inatividade muito grande, a musculatura dele não está conseguindo aguentar o ritmo muito intenso de treino – explicou o médico Júlio Stancati.

A esperança da comissão técnica é de que ele possa jogar ainda nesta temporada, mesmo que não suporte os 90 minutos de uma partida.

O departamento médico mostra maior confiança do que vinha apresentando nos últimos meses.

– Ele está num processo progressivo, nada muito acelerado. Pela experiência que tivemos com a regressão, optamos por não intensificar.

Ele está indo bem, treinando há duas semanas, não tem reclamado, o incômodo é muito pequeno, a dor praticamente já passou. Ele precisa de um pouco mais de força e resistência, isso é um processo lento. Ele vai jogar até o fim do ano, tenho certeza disso – destacou Júlio Stancati.

A ideia do Corinthians é definir a situação de Danilo só depois do Campeonato Brasileiro – ou se o time conquistar o título com antecedência. O clube se mostra aberto a todas as situações: não renovar, apresentar uma proposta de contrato de um ano ou até mesmo oferecer um novo cargo em outra área, caso o meia opte pela aposentadoria.