20/9/2017 11:14

Corinthians já foi campeão brasileiro em ano de queda diante do Racing

Corinthians já foi campeão brasileiro em ano de queda diante do Racing
Após empatar em casa, Corinthians encara Racing na Argentina


O Corinthians terá um consolo histórico caso não consiga superar o Racing na noite desta quarta-feira, no Cilindro de Avellaneda, casa do time argentino. Na última vez em que disputou dois jogos contra o clube por um torneio internacional, a Copa Mercosul (que originaria a atual Sul-Americana), a equipe paulista foi eliminada na casa do adversário, mas terminou o ano como campeã brasileira, principal objetivo desta temporada.



O episódio aconteceu em 1998. Dirigido por Vanderlei Luxemburgo, que acumulava funções como técnico da seleção brasileira, o Corinthians também liderava e priorizava o Campeonato Brasileiro à época. Ainda assim, tinha expectativas de fazer uma boa campanha no grupo C do torneio, o mesmo de Olimpia, do Paraguai, Peñarol, do Uruguai, e Racing-ARG.

O primeiro confronto com os 'hermanos' ocorreu na segunda rodada, após um empate por 2 a 2 com o Olimpia. Jogando no Morumbi diante de somente 6.307 mil pagantes, os mandantes deram “vexame” contra um time “que está falido e veio com um mistão para São Paulo”, nas palavras do jornal A Gazeta Esportiva, à época.

Os visitantes abriram o placar ainda no primeiro tempo, com gol de Villalba. O atacante Edílson empatou, mas Bezombe assegurou o surpreendente triunfo marcando o segundo pelo Racing. Para piorar, o lateral esquerdo Silvinho (que viria a ser conhecido como Sylvinho ao rumar à Europa) foi expulso por reclamação e enervou Luxemburgo.


Já o meia Marcelinho Carioca não tirou o sorriso do rosto por causa da derrota. “O estádio estava tão vazio que só dava para ouvir os gritos do Vanderlei. Quando está cheio, a gente finge que não ouve, mas, desse jeito, é preciso ir para o outro lado do campo para fugir da bronca”, brincou o ídolo, que se tornaria desafeto do hoje treinador do Sport. A torcida, no entanto, não foi criticada por sua ausência no Morumbi. “Nem meu pai vai a esses jogos. Ele prefere ficar em casa, comendo uma pipoquinha", admitiu.

O Corinthians não deu motivação para os seus torcedores também nos compromissos seguintes pela competição continental. Com um empate por 1 a 1 com o Peñarol e uma derrota por 2 a 1 para o Olimpia, o futuro campeão brasileiro de 1998 chegou ao reencontro com o Racing com possibilidades remotas de classificação para as quartas de final. A missão no Cilindro de Avellaneda naquele 29 de setembro, última visita corintiana à casa do Racing, era ainda mais complicada do que a deste meio de semana.

“Nem sei como explicar essa nossa campanha na Mercosul. Os times do nosso grupo são bem piores do que os do Brasileiro. Mas vencemos Botafogo, Vasco e Portuguesa, por exemplo, e perdemos deles”, lamentou o volante Vampeta. “A única característica que poderia prejudicar o nosso desempenho é a tradicional catimba, mas, além disso, não vejo outra coisa que possa trazer medo”, acrescentou.

Queda de rendimento no Brasileiro, Luxemburgo contestado
Também no Brasileiro, tal qual ocorreu recentemente, o Corinthians de 1998 havia sofrido uma queda de rendimento. Com direito até a uma derrota por 2 a 0 para o Santos, no Morumbi, mesmo placar do recente clássico disputado na Vila Belmiro.

Àquela altura, Luxemburgo já era contestado por se dividir entre o Corinthians e a Seleção. Até uma participação dele em um programa do apresentador Jô Soares, ainda no SBT naquele tempo, foi vista como exemplo de que a dedicação ao clube do Parque São Jorge diminuíra. O tema se mostrou recorrente nas colunas de Flávio Adauto, que seria diretor de futebol do clube duas décadas depois.

Fora de campo, o diretor da época parecia mais preocupado com outros temas – como as obras de um centro de treinamentos em Itaquera, local já visto como o ideal para a construção de um estádio. “O objetivo é fazer isso o mais rapidamente possível. No Parque São Jorge, só cabem 18.000 torcedores. Nossa média no Campeonato Paulista foi de 37.000 pagantes. No Brasileiro, gira em torno de 22.000”, contabilizou Luiz Henrique de Menezes.

Luxemburgo, então, concentrou os seus esforços em aumentar ainda mais a empolgação dos corintianos com o Campeonato Brasileiro. O treinador poupou seis titulares da viagem para o jogo contra o Racing – o goleiro Nei, que aproveitou o tempo livre para ir ao banco e pagar contas, o volante Vampeta, reunido com amigos para jogar baralho na folga, o zagueiro Gamarra, o lateral esquerdo Silvinho, o meia Marcelinho Carioca e o atacante Edílson – e já não tinha o capitão Rincón, suspenso. Alegava que devia dar atenção à próxima partida, o clássico contra o Palmeiras. Em 2017, Carille, que também preservou atletas na Sul-Americana, terá outro rival pela frente na sequência, o São Paulo.

Repleto de reservas, o Corinthians perdeu R$ 125 mil, conforme punição da Traffic, que organizava a Mercosul, e o jogo diante do Racing em Avellaneda. A equipe de Luxemburgo chegou a ser superior à adversária no primeiro tempo, porém acabou vazada por Villalba aos 44 minutos do segundo. A derrota por 1 a 0 sacramentou a eliminação, fazendo com que a vitória por 2 a 0 sobre o Peñarol na última rodada nada valesse.

A história pode se repetir
A queda diante dos argentinos não tirou o ímpeto do Corinthians no Brasileiro. Somando 46 pontos e ganhando a primeira fase com 24 equipes (em 2017, o time de Carille computou históricos 47 com quatro adversários a menos), os comandados de Luxemburgo eliminaram Grêmio e Santos, hoje as principais ameaças ao líder dos pontos corridos, antes de derrotar o Cruzeiro na grande decisão e faturar o bicampeonato nacional.


Quase 20 anos depois, Fábio Carille espera que o Racing não seja mais uma coincidência entre aquele Corinthians de Vanderlei Luxemburgo e o seu, que postula o sétimo título de Campeonato Brasileiro da história do clube do Parque São Jorge. “Queremos as suas competições”, tem avisado o pupilo de Tite, que necessita de um empate por placar superior a 1 a 1 ou de uma vitória para sair do Cilindro classificado na Copa Sul-Americana sem a necessidade de uma decisão por pênaltis.



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