4/7/2017 07:30

Relembre o título do Corinthians na Libertadores pela memória de 3 campeões

Relembre o título do Corinthians na Libertadores pela memória de 3 campeões
Corinthians conquistou a Libertadores 2012 de forma inédita e sem derrotas


Os fracassos do Corinthians na Libertadores. As falhas, derrotas e eliminações traumáticas. Tudo isso foi sepultado na noite do dia 4 de julho de 2012, quando o time alvinegro conseguiu, enfim, erguer o troféu mais cobiçado das Américas. No capítulo final dessa trajetória, o time derrotou o hexa campeão Boca Juniors por 2 a 0 no Pacaembu.



Exatos cinco anos depois do título, o UOL Esporte relembra a conquista da Libertadores por meio dos relatos de três jogadores do time campeão. Dessa forma, Alex, Ralf e Leandro Castan falam sobre os principais fatos ligados à campanha vitoriosa (e invicta) e também trazem à tona algumas histórias vividas durante os cinco meses da competição continental.

O empate na estreia
Alex: Diante do histórico que o Corinthians tinha na Libertadores, qualquer início já seria tenso naturalmente. Ali poderia gerar alguma coisa na opinião pública, de decepção. Nossa equipe era madura, muita gente que já tinha disputado a Libertadores. A gente sai perdendo. Saí do banco e, dentro das minhas características fortes, na bola parada, acabei cruzando para o Ralf, que raramente fazia gol. Aquele gol tirou a tensão. Se começasse perdendo na Libertadores, a gente teria uma leitura negativa dessa atmosfera e perguntar: "será que não vai de novo?"



Castán: Era momento de tensão, jogo fora de casa, adversário sem tanta qualidade, mas era difícil de jogar. Foi jogo muito difícil, tomamos gol no primeiro tempo e no último momento o Ralf foi muito feliz e fez o gol do empate. Era um momento de confiança para mostrar o caminho certo, grupo que não desistia.

Emerson catimba
Ralf: Um cara que passou por grandes clubes, jogou fora do país, experiente, que quando era para treinar treinava forte, jogava forte... Contra o Boca, botou o rosto e ameaçou morder. Experiente, nosso desafogo, muito veloz, todos com sua parcela.

Alex: Era um negócio que a gente já conhecia. A gente não poderia deixar eles à vontade, em casa, no controle emocional da partida. O argentino é muito forte emocionalmente. Eles nunca desistem, têm uma fome absurda. A gente sabia tudo o que estava acontecendo. Sabia que o árbitro não ia perder a cabeça por qualquer coisinha. O ambiente era nosso. O Emerson tinha controle do que ele fazia, era meio doido [risos]. Aquela doidice aceitável.

Castán: Sheik era o mais irreverente. Mesmo se chegasse atrasado, todos davam risada. Um cara sensacional, mantinha o alto astral do grupo, difícil estar triste perto dele. E o cara que decidia, era fundamental.




Vimos o capeta de perto"
Alex: Não seria justo com o Alessandro aquela situação, ficar com essa marca por tudo o que ele tinha feito pelo Corinthians. Brincamos com ele depois. Não íamos sair do Pacaembu aquele dia, como aconteceu em outros anos. Se a gente ficou tenso, o torcedor ficou tenso, imagina o Alessandro, o desespero dele correndo atrás do Diego Souza. Ele deve ter dado o salário para ele. Valeu a vida do Corinthians e a dele [risos]. Ali nós vimos o capeta de perto. O Cássio fez uma defesa de pênalti. O time muda inteiro, passa a ficar animado e começa a pressionar. Aí surgiu o Paulinho com aquela luz.

Ralf: Se ele [Diego Souza] faz ali, praticamente não ia mais ter forças, fica mais difícil. A torcida cobra, o time fica nervoso, erra, dá opção, sei lá. Aquele gol que o Cássio defendeu foi um marco. Alessandro falava: 'se faz o gol, eu poderia pegar o boné e bye bye'. Ele mesmo se cobrou, sabia que foi erro gigantesco que ia custar caro.



Tite celebra ao lado de Alex e Jorge Henrique o primeiro gol marcado na final
Amizade entre os campeões
Alex: Temos contato ainda. Lembro que eu morava em Alphaville, onde o Sheik morava também. O resto morava no Tatuapé. Convidava os caras e eles vinham. Eles se juntavam mais. Era uma grande amizade. As pessoas se dispersam, mas sempre quando conversa é um carinho, respeito e admiração um pelo outro. Mantemos contato como se tivesse convivendo.

Ralf: Não tem como ter. Fazer grupo não tem como, uma hora um está no Sul, na China, fora do país, troca o contato. Eu tenho do Paulinho, vira e mexe jogando contra, esbarrando. Danilo, Cássio... Falo com pessoal, pergunto dos trabalhos, torço pelos amigos. Eles estando bem, estarei bem também. Claro que torço pelo Corinthians, vou torcer sempre por ter companheiros aí.

Júlio César barrado por Cássio
Ralf: Goleiro vive de momento. Se falhou, não tem quem ajudar. Se o meio erra, tem a defesa. Se a defesa erra, tem o goleiro. Tem falhas, erros, acertos. Júlio tinha mais acertos que erros e errou quando não poderia errar. O Cássio trabalhava, buscava espaço, tinha sua experiencia. Treinava bem, buscava, fazia por merecer. Tite conhecia o Júlio bem e optou por trocar. Se tem muitas opções, o grupo ganha.



Castán: Foi uma coisa difícil porque o Júlio era querido por todos no grupo. Tite era muito respeitado pelo grupo porque jogava o melhor. Ficamos chateados pelo Júlio, mas muito feliz pelo Cássio que treinava muito bem e mostrou união do grupo. Júlio aceitou, trabalhou numa boa e virou esse monstro.

Saída logo após o título
Castán: Estávamos na semifinal da Libertadores, o negócio tinha sido praticamente fechado. Já sabia que não ia [ao Mundial], estava conformado, a diretoria acabou até pedir para Roma liberar mais seis meses, a Roma não liberou, e foi assim. No dia do jogo do Mundial estava em campo pelo Italiano, não consegui acompanhar.

Alex: Eu poderia ter participado de mais um título mundial. Bate o arrependimento, sim. Quando chegou a proposta, pedi um tempo para pensar. São decisões que se tomam na vida. Fui com o coração partido. Fiquei lá acompanhando. Me presentearam depois, com uma réplica. Se fechou um ciclo ali. Eles mereciam. Me arrependo, mas fico feliz por ter acompanhado aquilo de longe.



Liedson ergue o troféu da Libertadores: atleta teve papel importante no elenco
A importância de Liedson
Ralf: Já tinha seus problemas físicos não só da idade, de cirurgia. O biótipo não ajudava tanto na Libertadores por ser muito contato, briga o tempo todo. Era um cara técnico, que ajudava. Sentia dores, alguns dias não ia no campo e o pessoal sabia levar, tinha jogo que dava e jogo que não dava, tirava de treinos. Treinava e fica com dois sacos de gelo nos joelhos. Mesmo sem jogar, tinha sua voz ativa e liderança, todos respeitavam. Não deixava de trabalhar. Ficamos chateados por não ter ele.

Alex: O perfil do Liedson é o que eu adoraria ter como atleta. Ele é um cara trabalhador, competente, com uma história legal no futebol. Um cara que sabe fazer gols como poucos, difícil de encontrar essa competência para finalizar. Encontrar um cara tão magrinho, pequeno, que faz todo mundo dar risada, agrega demais. Ele é um dos caras que mais incomodava, o que ele corria... Ele era muito participativo.



Romarinho toca por cima do goleiro do Boca para empatar o jogo em Buenos Aires
Romarinho
Castán: O Romarinho ninguém conhecia, na verdade. Quando entrou em campo, ninguém tinha jogado com ele. Mostrou competência da comissão e dava tudo certo. Entrou, fez aquele gol e precisávamos um jogador desse, desligado de tudo, era momento de tensão, nervosismo, entrou como se fosse na rua da casa dele e só cavou na frente do goleiro na Bombonera.

Alex: Que largura a dele. A bola sobra para ele e ele faz aquela barbaridade, cavar na Bombonera. Ele não tinha ideia. Ele falava que a ficha não tinha caído. Acho que não caiu a ficha que ele é jogador profissional até hoje [risos]. É um moleque de rua, com aquele futebol, talentoso demais. Despreocupado. Tanto que veio a bola, no primeiro toque e ele cava o goleiro. Não teve noção da responsabilidade [risos].





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