Meia queria sair para o Fenerbahce, em janeiro, mas foi mantido pelo clube (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)


O meia Rodriguinho é hoje titular incontestável do Corinthians campeão paulista e vislumbra até a possibilidade de ser convocado para a Seleção Brasileira, mas, se dependesse de sua vontade no começo do ano, o CT Joaquim Grava seria, no máximo, um local de visitas nas férias do futebol europeu. Pouco mais de quatro meses após ficar chateado pela negativa da diretoria a uma proposta do Fenerbahce-TUR, ele reconhece que se deu bem com a imposição da cúpula alvinegra.

“Futebol é muito dinâmico. Naquele momento eu achava que seria interessante para sair, mas a diretoria fez um esforço para que eu ficasse. Eu estou achando muito bom agora”, disse, aos risos, o armador, que marcou dois gols na decisão do Estadual, frente à Ponte Preta, e teve o seu momento bastante elogiado pelo técnico Tite, apontando-o como um possível meio-campista na convocação de sexta-feira para os amistosos diante da Argentina (9 de junho) e da Austrália (13 de junho).

“Esperança sempre existe, a gente tem que estar buscando o dia a dia, pensando que no futuro a gente pode ser convocado. A minha fase é muito boa, consegui fazer gols, dar assistências. Espero ser lembrado, tenho esperanças, mas não pode se deixar frustrado se não acontecer”, vislumbrou o camisa 26.

No início do ano, porém, o armador viu a possibilidade de sair ao futebol turco como rara devido aos seus 28 anos e por se tratar de um clube frequentemente na disputa da Liga dos Campeões da Europa. Além disso, o montante, que girava em torno de R$ 30 milhões por 50% do atleta, foram considerados “bastante satisfatórios”. Incomodado com a má fase de 2016 e a enxurrada de críticas após o desmanche do time campeão em 2015, porém, o presidente Roberto de Andrade vetou a saída.

Desde então, Rodriguinho se notabilizou por liderar a reconstrução do time, apoiado pelas chegadas de Jadson e Jô no setor ofensivo. Com oito gols e três assistências no ano, ele ainda marcou seu nome na história ao marcar duas vezes contra a Macaca, praticamente selando a conquista no primeiro jogo, em Campinas.

“As coisas mudaram (com relação ao começo do ano). Conseguimos o título, era um sonho que eu tinha de conseguir ser campeão aqui, ter um diferencial, como foi esse. Ainda consegui ter uma boa produção, ajudando bastante, fazendo gol em final. Espero que continue assim”, avaliou, já projetando uma possível investida do futebol europeu na próxima janela de transferências, que abre no meio do ano.

“Se aparecer algumas coisas agora, que possamos chegar a um acordo de novo, quem sabe? (risos)”, concluiu o atleta, que, devido ao interesse dos turcos, conseguiu uma valorização salarial e a extensão do seu contrato por mais três anos, até dezembro de 2019.