4/5/2017 11:44

‘Herdeiro’ crê em lisura de Dulcídio e sonha com Copa do Mundo

‘Herdeiro’ crê em lisura de Dulcídio e sonha com Copa do Mundo
Motivado pelo confronto entre Corinthians e Ponte Preta, o assistente Bruno Boschilia conversou com seu pai durante a última semana sobre o finado Dulcídio Wanderley Boschilia. ‘Herdeiro’ do árbitro responsável por dirigir a polêmica final do Campeonato Paulista 1977, ele crê na lisura do antecessor e sonha com a Copa do Mundo 2022.

Luiz Boschilia, pai de Bruno, é primo em primeiro grau de Dulcídio e também apitou, especialmente no estado do Paraná. Influenciado por ambos, o jovem decidiu abortar a carreira de jogador de futebol para apostar na arbitragem, seguindo a vocação familiar.

“Tentei jogar bola e cheguei a treinar em categorias de base, mas não segui. Passei para a arbitragem e, nesse começo, houve grande influência familiar. Quando entrei, por causa do sobrenome, o pessoal acabava perguntando e foi uma motivação a mais”, contou Bruno Boschilia à Gazeta Esportiva.

Um dos principais árbitros do país na época, Dulcídio Wanderley Boschilia apitou o primeiro e o terceiro jogo da final do Campeonato Paulista 1977. Quarenta anos depois, a expulsão do ponte-pretano Ruy Rey logo na etapa inicial da partida decisiva ainda é colocada em dúvida por alguns.



Falam muito, mas é só conversa. Não tem nada provado. É só polêmica e não acho que a reputação do Dulcídio seja colocada em xeque. Digamos que faz parte do folclore do futebol”, rebateu Bruno Boschilia, calmamente. “Ele é uma referência para a família”, acrescentou.

Bruno tem 34 anos de idade e não chegou a conhecer pessoalmente Dulcídio, falecido em 1998. O assistente da Federação Paranaense de Futebol descarta a possibilidade de atuar como árbitro e garante ter um estilo bem diferente do temperamental primo em segundo grau.

“Eu sou mais discreto, até por atuar como assistente. Na verdade, a arbitragem mudou muito nesses 40 anos, inclusive no perfil dos árbitros. O Dulcídio trabalhou em uma outra época, com uma outra cultura de futebol. Não cheguei a conhecê-lo, mas escuto as histórias e, pelo que ouço, ele era uma referência”, contou Bruno.

Formado em Educação Física, Bruno Boschilia tem mestrado na área e, em 2014, passou a integrar o quadro da Fifa, feito que Dulcídio jamais alcançou. Em parceria com Heber Roberto Lopes e Kleber Lúcio Gil, ele atuou na final da Copa América 2016, vencida nos pênaltis pelo Chile sobre a Argentina de Lionel Messi.



Só participar de um campeonato internacional desse nível já seria algo grande. Quando fomos indicados para a final, ficou melhor ainda. Posso dizer que é o grande momento da minha carreira. A realização de um sonho”, afirmou o ‘herdeiro’ de Dulcídio.

Atualmente, além de atuar como assistente, Bruno Boschilia trabalha na Secretaria de Esportes de Curitiba. Animado pela oportunidade de participar da decisão da Copa América 2016, ele sonha com a possibilidade de trabalhar no Mundial 2022, a ser disputado no Catar.

“O sonho existe. Na verdade, acho que todo o mundo que está na carreira de nível Fifa internacional tem esse sonho. É a cereja do bolo, a coroação de uma carreira, e a gente trabalha para isso. Se vier, veio. Mas, se não vier, também somos felizes”, declarou, com a trajetória Dulcídio, marcado pela final de 1977, como exemplo.

“Arbitragem é no fio da navalha e o bom árbitro é aquele que não é comentado. Em um jogo, você pode se cortar muito facilmente, algo que a gente sabe desde o começo, então faz parte da profissão. Aprendemos a lidar com isso e sempre entramos em campo para tentar fazer o melhor”, afirmou.



Bruno não tem contato com ex-são-paulino Gabriel Boschilia, sobrinho-neto de Dulcídio (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
JOGO DO SÃO PAULO TEVE DOIS BOSCHILIAS EM CAMPO

A vitória por 3 a 1 do Atlético-MG sobre o São Paulo, pela edição de 2015 do Campeonato Brasileiro, teve dois representantes da família Boschilia em campo. Bruno atuou como assistente, enquanto Gabriel substituiu Luis Fabiano durante a etapa complementar.

O meia Gabriel Boschilia, atual jogador do Monaco, é sobrinho-neto de Dulcídio Wanderley Boschilia. A escalação de Bruno Boschilia como assistente no jogo entre São Paulo e Atlético-MG causou polêmica na época, mas ambos praticamente não se conhecem, segundo o bandeirinha.

“A imprensa levantou essa situação, mas no jogo não teve nada de excepcional. Nem chegamos a conversar e nunca tivemos contato fora do campo”, disse Bruno Boschilia sobre a partida disputada no Mineirão, decidida com três gols do hoje são-paulino Lucas Pratto.


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