O Conselho Deliberativo do Corinthians se reúne, a partir das 18h desta quinta-feira, no Parque São Jorge, para a votação das contas de 2016 e do orçamento de 2017. O encontro prevê mais uma disputa entre os grupos políticos do clube.

A oposição alega que o detalhamento financeiro será apresentado aos conselheiros sem antes ter sido aprovado pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho de Orientação, conforte determina o estatuto do clube.

A situação tenta aprovar as contas depois de duas reuniões em que conselheiros pediram o adiamento da análise por não concordarem com os detalhes apresentados. Além disso, de acordo com a Lei Pelé, o clube é obrigado a publicar seu orçamento até o fim de abril.

O estatuto do Corinthians prevê que, em caso de as contas serem rejeitas, um processo de destituição do presidente pode ser aberto. Em fevereiro, Roberto de Andrade foi mantido no cargo por decisão dos conselheiros após acusações de assinaturas irregulares em atas e contratos da arena.

De acordo com números apresentados aos conselheiros previamente, o Corinthians teve receita bruta de R$ 458 milhões (R$ 433,9 milhões líquidos) em 2016, a maior de sua história, impulsionada pela venda de jogadores e por um novo contrato de direitos de televisão. A contabilidade do clube fechou com superávit de R$ 31 milhões. No futebol, o lucro foi de 59,2 milhões.

Para 2017, o departamento de finanças do Corinthians prevê receitas de R$ 264,7 milhões e despesas de R$ 246,9 milhões. O superávit de R$ 16,2 milhões só foi possível graças ao acréscimo de R$ 52,1 milhões com a projeção da venda de direitos federativos de jogadores.