Discutido dentro do departamento de futebol profissional e do departamento amador do Corinthians, o projeto de criação de uma equipe Sub-23 para participar de campeonatos rendeu dor de cabeça ao presidente Roberto de Andrade antes mesmo de avançar.

Conhecido como um conselheiro influente do clube e um dos padrinhos de Andrés Sanchez na política corintiana, Jacinto Antônio Ribeiro, mais conhecido como Jaça, reivindica para seu grupo o comando dessa eventual categoria. Em troca, oferece apoio ao presidente Roberto de Andrade na votação do impeachment agendada para a próxima segunda-feira (20) no Parque São Jorge.

Conforme apurou a reportagem, Jaça, que é bastante ligado às divisões de base do clube, quer ser diretor Sub-23. Por outro lado, a seus aliados, o presidente Roberto de Andrade avisou que não está disposto a fazer esse tipo de concessão em troca de apoio e só quer decidir a questão quando resolvida a votação do impeachment. Ainda assim, a movimentação do grupo de Jaça causou polêmica no Parque São Jorge.

Escolhido no último ano para assumir as divisões de base, o diretor Fausto Bittar Filho não se mostra favorável a essa movimentação. Internamente, ele afirmou que não vê sentido em se criar uma nova diretoria para um eventual time Sub-23 e acredita que tudo possa ser dividido entre as atuais diretorias do Corinthians.

O Corinthians avalia custos para a criação da categoria Sub-23, mas espera também que a Federação Paulista e a CBF criem um calendário de competições para que o projeto possa avançar. Tudo, porém, ainda é considerado bastante incipiente no que diz respeito a esse assunto no Parque São Jorge.

A intenção de montar essa equipe surgiu do coordenador técnico da base, Rodrigo Leitão, que identificou a dificuldade na transição de jovens jogadores ao elenco profissional como um fator que dificulta a revelação de atletas no Corinthians.

Procurado pela reportagem, Fausto Bittar disse desconhecer o assunto. Jaça, por sua vez, não respondeu a diversas ligações realizadas e mensagens enviadas.