Guillermo Hoyos terminou 2016 como técnico da Bolívia (Foto: Alexandre Lago/GloboEsporte.com)


Não podia ser pior".
A manchete acima é do jornal chileno La Tercera, minutos depois de o sorteio da Copa Sul-Americana ter colocado a Universidad de Chile frente a frente com o Corinthians logo na primeira fase do torneio. A chamada também poderia servir para o Timão. Entre os seis brasileiros, os alvinegros terão o rival mais duro.

A começar pelo banco de reservas. Cada vez mais distante da era Jorge Sampaoli, que deixou o clube há quatro temporadas, a Universidad de Chile confia em um técnico que viu os primeiros passos de ninguém menos que... Lionel Messi. É o argentino Ángel Guillermo Hoyos, 53 anos.

Ex-atacante de clubes como Banfield, Talleres, Boca Juniors, Everton (do Chile), Chacarita Juniors e Deportes Tolima, Hoyos iniciou sua carreira de técnico no início dos anos 2000, nas divisões inferiores do Barcelona. Na equipe juvenil, trabalhou com Messi, Piqué e Sergio Busquets. Sob o comando dele, Messi foi alçado ao grupo principal.

Depois que saiu do Barça, em 2006, o técnico rodou o mundo na tentativa de levar a campo a filosofia de seu mestre: Josep Guardiola. O último trabalho antes da La U, porém, não deixou boa impressão.

Hoyos ficou apenas quatro meses à frente da seleção principal da Bolívia, mas saiu após uma proposta melhor do clube chileno.

O técnico participou, inclusive, da derrota por 5 a 0 para o Brasil, em outubro, pelas Eliminatórias para a Copa de 2018. Na Arena das Dunas, em Natal, Hoyos viu de perto mais uma grande atuação da seleção brasileira de Tite, ex-corintiano. Pouco depois, o treinador deixou os bolivianos na mão às vésperas do Sul-Americano Sub-20, do qual ele também participaria.



Johnny Herrera é um dos mais experientes do time chileno: apenas nove jogos pelo Corinthians (Foto: AFP)


Em campo, Ángel Guillermo Hoyos vai tentar comandar uma reconstrução semelhante à do Corinthians, que também tem técnico novo em 2017 – Fábio Carille. Entre os principais jogadores, estão Jean Beausejour, figura fácil na seleção chilena das últimas temporadas, e o goleiro Johnny Herrera. Aquele.

Os duelos entre La U e Timão – o primeiro em São Paulo, o segundo em Santiago – vão marcar o reencontro dos corintianos com o goleiro. Contratado como estrela em 2006, jogou pouco no Timão e virou chacota por causa de algumas falhas decisivas. Deixou o clube com nove jogos e 13 gols sofridos. Hoje, aos 35 anos, é um dos líderes do seu atual time.

Em tradição sul-americana, os rivais praticamente se equivalem. O Timão pode se orgulhar de ter conquistado a Taça Libertadores de 2012 e a Recopa de 2013, enquanto o adversário chileno venceu a Copa Sul-Americana de 2011 e a Recopa do ano seguinte. Corinthians e Universidad de Chile podem fazer, portanto, o duelo mais equilibrado da fase inicial.