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Neste domingo (29), completam-se 12 anos da estreia de Carlitos Tevez pelo Corinthians. No dia 29 de janeiro de 2005, o atacante argentino fez o primeiro jogo pelo Timão na vitória sobre o América-SP por 1 a 0, pelo Campeonato Paulista, no estádio do Morumbi. Curiosamente, o então camisa 10 foi marcado por um jogador que se tornaria ídolo da Fiel alguns anos depois: o ex-zagueiro Chicão.

“Naquela época foi novidade. O Tevez chegando ao Corinthians com o Morumbi lotado, mais de 50 mil pessoas, e o América-SP vinha numa campanha muito boa, em que a gente tinha um treinador como o Roberval Davino. Tivemos também o artilheiro do campeonato, que acabou depois indo para o Corinthians, o Finazzi, e outros muitos jogadores acabaram saindo naquela época para times grandes. Foi uma experiência nova, até porque eu não havia jogado em clubes grandes ainda, mas foi bacana, foi legal. É como eu sempre falo, é muito difícil marcar um jogador como ele, jogador de seleção argentina, e chegando ao Brasil, mostrando que queria chegar pra conquistar a torcida, conquistar títulos. Mas foi muito interessante porque aquilo serviu para muito aprendizado depois”, disse Chicão.

O ex-zagueiro do Timão falou a dificuldade de marcar um atacante como Carlitos Tevez e afirmou que já naquela oportunidade percebeu a qualidade do argentino, que acabou se perpetuando como um dos grandes nomes do futebol mundial. “Atacante chato. Eu falo chato no bom sentido, porque ele é um atacante que incomoda muito. Aquele atacante que marca o zagueiro, que briga, que disputa, que não vê bola perdida, o tempo todo lutando pela bola, incentivando, chamando a equipe. É muito diferente de muitos jogadores, inclusive é considerado um dos grandes jogadores do futebol mundial”, comentou.

Mesmo com um time modesto comparado ao do Timão, Chicão relembrou a grande atuação do América-SP naquela partida, que valorizou ainda mais a vitória alvinegra, conquistada com gol de pênalti do lateral Coelho. “Nós fomos bem naquele jogo. Foi um grande jogo porque a equipe do América vinha muito bem, e a equipe do Corinthians estreando um jogador como o Tevez -- e não foi fácil marcar, não --, mas graças a Deus conseguimos marcar bem e ele não conseguiu fazer o gol. Hoje a gente entende como é difícil uma estreia, a perna pesa, leva certo tempo de adaptação. Depois ele se adaptou muito bem, tanto que foi embora e virou ídolo da torcida”, declarou.

Por fim, o zagueiro disse que jamais poderia imaginar naquela época que se tornaria ídolo de um time do tamanho do Corinthians e agradeceu ao clube por toda a história conquistada dentro do Parque São Jorge. “Imaginava que um dia eu chegaria a um clube grande, mas não um clube como o Corinthians. Uma massa daquela, incentivando o tempo todo. Depois eu tive a experiência de jogar seis anos praticamente, é uma coisa que arrepia mesmo. Tive esse privilégio de jogar ali no clube e ganhar tudo praticamente. Poucos tiveram essa oportunidade, e eu sou muito grato pro resto da minha vida ao Corinthians”, concluiu.