Os problemas políticos no Corinthians, que estão longe de ter um fim, ganharam mais um episódio na última quinta-feira. Não houve consenso na escolha dos nomes que formarão uma comissão para avaliar a auditoria da já realizada na Arena.

A comissão ficou com a seguinte formação: Jorge Calil, Marcelo José brandão, Roque Citadini, Carlos Luque, Armando Rossi, Thales Oliveira, Pedro Soares e José Alves. Os nomes que causaram maior discórdia foram os dois primeiros. Jorge Calil, por estar licenciado do cargo de vice-presidente do Conselho e Marcelo por estar, segundo Romeu Tuma, inadimplente há dois anos com as mensalidades do clube.

Romeu Tuma colocou-se contra as escolhas, e ainda afirmou que foi o idealizador da comissão. Na qualidade de advogado, afirmou que poderia dar ma contribuição significativa à comissão. Em resposta, Jorge Calil disse que se licenciou do cargo, não do clube, e que volta às suas atividades já na semana que vem. Sobre Brandão, afirmou desconhecer a condição de inadimplência. Além disso afirmou contar com a colaboração de Tuma em todo o processo.

A comissão tem por objetivo analisar contratos, valores e eventuais superfaturamentos e irregularidades na obra do estádio corintiano,realizada pela empreiteira Odebrecht. O clube não vinha pagando dívida do estádio desde o mês de maio do no passado, mas chegou a um acordo com a Caixa Econômica Federal para alongar a dívida por um prazo maior, que vai chegar a 20 anos. Com isso o valor total a ser pago será na casa dos R$ 2 bilhões.

Com o novo acordo o clube passará a pagar cerca de R$ 3 milhões por mês, R$ 2 milhões a menos do que no acordo inicial. A comissão busca chegar a valores menos exorbitantes.