Contratado do Sport no início do ano, Marlone passou a temporada 2016 se alternando entre o campo e o banco de reservas. Adorado por muitos torcedores, o meia-atacante não conseguiu se firmar com Tite, Cristóvão Borges, Fábio Carille e Oswaldo de Oliveira. Mas, pelo menos nesta segunda-feira, ele provou que a Fiel estava certa em insistir para que ele atuasse com mais frequência.

A boa exibição do Timão na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional teve Marlone como protagonista. Se não foi brilhante, o Corinthians ao menos conseguiu ser mais organizado e consistente, bem diferente da goleada para o São Paulo e do empate com o Figueirense.

Vale lembrar que o Inter ajudou para que isso acontecesse. Os gaúchos se mostraram apáticos e extremamente pressionados com o risco do rebaixamento. Os pedidos de "vingança" da torcida fizeram o Corinthians ter um ânimo a mais para o jogo. O Timão foi melhor desde o início, controlou boa parte do jogo e praticamente não levou sustos.

Com o futebol melhor, as individualidades apareceram. Marlone foi o destaque, mas outros jogadores também cresceram. Marquinhos Gabriel subiu de produção, aplicou bons dribles e abriu a fechada defesa colorada. As trocas de posições entre eles pelos lados e até pelo meio confundiram a marcação. Danilo Fernandes, o grande nome do jogo, evitou uma goleada.

Fagner também resgatou parte de seu bom futebol da era Tite, com liberdade para chegar ao ataque e criar boas chances. Até Uendel, improvisado no meio de campo, teve um rendimento satisfatório encostando no ataque com Camacho.

O Corinthians sofre mesmo é para colocar a bola na rede. Romero luta, disputa com os zagueiros, mas não tem características de centroavante. Gustavo, o único jogador assim no elenco, está longe de convencer. A bola cansou de rodar na área do Inter à espera de alguém para concluir.

A dificuldade de finalizar com precisão foi tanta que o gol saiu em um pênalti. Bastante duvidoso, é verdade, em disputa entre Ernando e Romero pelo alto. Mas o Corinthians já fazia por merecer a vantagem diante de um Inter desorganizado, sonolento e praticamente entregue ao rebaixamento.

Não pense que o Corinthians voltará a ser brilhante com esse time. Marlone, talvez, nem mesmo consiga se firmar como titular ano que vem. Oswaldo precisará de reforços de melhor nível em 2017 para tentar colocar o clube novamente na briga por títulos. Para 2016, acabar o Brasileiro no G-6 estará de ótimo tamanho.