13/7/2016 07:38

Corinthians sofre com excesso de lesões e investe em prevenção

Nada menos do que 15 jogadores têm problemas musculares ou traumas em 2016. Médico vê número na média, lamenta fatalidades e destaca trabalho para evitar pio

Corinthians sofre com excesso de lesões e investe em prevenção
Elenco do Corinthians tem enfrentado problemas com lesões (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

O Corinthians teve pouquíssimos momentos em 2016 em que pôde contar com elenco completo para os jogos. Lesões de todos os tipos – principalmente musculares – têm atrapalhado a rotina do clube na temporada. O zagueiro Pedro Henrique, que teve uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda, é o desfalque mais recente.
Nada menos do que 15 jogadores sofreram com problemas musculares ou traumas em pés, joelhos e tornozelos durante a temporada. A lista não inclui as seguintes situações específicas, tratadas como fatalidades, acidentes de trabalho e não têm relação com acúmulo de jogos:

– Fratura na costela de Elias;
– Hérnia de André e Matheus Vidotto;
– Fissura na costela de Walter;
– Choque entre Lucca e Guilherme Arana;
– Fratura no tornozelo de Rildo após carrinho de Edílson;
– Lesão no pé de Bruno Paulo, que já chegou ao clube com o problema.

O excesso de jogos e o pouco tempo de recuperação são apontados no clube como principais razões para o aumento da incidência de lesões dessa natureza. Apesar de o número de partidas ser parecido com o do ano passado, muitos jogadores do atual elenco não participaram da pré-temporada nos EUA, que serviu como base para a preparação física.


Lesão de Rildo foi acidental e não tem relação com maratona (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

Além de Pedro Henrique, estão em recuperação de lesões musculares e traumas (em diferentes estágios) o zagueiro Vilson e os volantes Camacho e Cristian. Durante o ano, nomes como Walter, Willians, Danilo, Rodriguinho, Giovanni Augusto e Isaac tiveram problemas parecidos.

– Tivemos um número um pouco alto de lesões esse ano, quando comparamos com o que tínhamos. Mas tivemos muitas lesões traumáticas, fraturas, entorses de tornozelo, coisas que não há como prevenir. Elias teve duas lesões traumáticas, duas fraturas, não tem como prever. O mesmo com Vilson, Yago, Bruno Paulo, André... – disse o médico Ivan Grava.

As lesões que podem ser minimizadas com prevenção são as musculares. Reuniões semanais entre todos os departamentos do CT Joaquim Grava servem para traçar estratégias e introduzir métodos que podem ajudar na missão. Na pré-temporada, por exemplo, todos os jogadores são “mapeados” pelo Laboratório R9, de análise biomecânica. Assim, cada um tem seu treinamento individualizado para corrigir desequilíbrios e fortalecer a musculatura.

Desde as disputas de Campeonato Paulista e Taça Libertadores, também há a identificação de jogadores mais desgastados para que eles sejam preservados de treinos e jogos. Mesmo assim, nem sempre é possível antecipar todas as situações.

A perda de profissionais da comissão técnica não teve alteração significativa no trabalho, de acordo com quem trabalha no dia a dia. Desde janeiro, o clube perdeu o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, o técnico Tite, os auxiliares Cléber Xavier e Matheus Bacchi, e agora o preparador físico Fábio Mahseredjian, que se junta à seleção brasileira em agosto.

POR OUTRO LADO...

Curiosamente, um dos poucos jogadores que não tiveram qualquer problema em 2016 foi o meia Guilherme. Dores musculares só o tiraram de um jogo na temporada, contra a Ferroviária, em fevereiro, pelo Paulistão. Quando chegou ao clube, a principal preocupação da comissão técnica era com seu histórico de lesões.

Um trabalho de prevenção semelhante ao feito com Alexandre Pato e Renato Augusto afastou o perigo. Guilherme tem mostrado resistência e durabilidade durante a temporada.

Ivan Grava explica como é o trabalho de prevenção de lesões (Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians)

EXCESSO DE LESÕES MUSCULARES

– Em relação a lesões musculares, foi o mesmo número de 2015. Tudo o que a gente faz é tentar prevenir a lesão ou tentar tirar o jogador antes da lesão quando há desgaste. Usamos o Lab R9, que é a parte de prevenção. E tem o trabalho que fazemos com o Fedato (fisiologista), que é de termografia. Tiramos o jogador de acordo com o desgaste. Só que algumas lesões são imprevisíveis, como lesão de tornozelo, entorse de joelho...

COMO É O TRATAMENTO?

– A melhora da lesão muscular depende de duas coisas: do músculo afetado e do próprio jogador. Cristian e Pedro Henrique lesionaram o bíceps, então demora um pouco mais para voltar, é mais utilizado que o adutor, que foi o caso da lesão do Walter, que voltou antes. E Walter teve uma cicatrização muito boa também. A lesão do Cristian foi porque ele vinha há um tempo sem jogar, teve sequência e aí teve lesão. Mas a questão do Pedro foi totalmente fatalidade, acontece.

PANORAMA GERAL

– Conversando com médicos de outros clubes, todos estão tendo aumento de lesões, não sei se pelo aumento do ritmo de jogo, pelo maior contato físico. Em 2015 tivemos números semelhantes de lesões musculares, mas tivemos esse pico em setembro. Chegamos a ter sete jogadores fora, sem lesões traumáticas. Neste ano, tivemos o pico um pouco antes e com lesões traumáticas. O nosso número de lesões está parecido.

AS LESÕES

Cássio – edema na coxa esquerda, 10 dias fora em fevereiro
Walter – estiramento no adutor da coxa direita, 20 dias fora em junho
Edílson – lesão muscular na coxa direita, 10 dias fora em março
Pedro Henrique – lesão no posterior da coxa esquerda, 30 dias fora em julho
Vilson – edema na coxa esquerda, 20 dias fora em junho, torção no tornozelo esquerdo, 15 dias fora entre junho e julho
Yago – trauma ósseo no tornozelo, 20 dias fora entre junho e julho
Cristian – lesão na panturrilha direita, 30 dias fora entre janeiro e fevereiro, lesão na coxa esquerda, 30 dias fora em junho
Willians – edema na coxa direita, 15 dias fora em abril; dores no joelho direito, 7 dias fora em julho
Elias – fissura na fíbula da perna esquerda, 40 dias fora entre fevereiro e março
Rodriguinho – edema na coxa direita, 20 dias fora em março e abril
Danilo – contratura na panturrilha esquerda, 10 dias fora em abril; contratura na panturrilha direita, 20 dias fora em junho
Giovanni Augusto – lesão ligamentar no pé e tornozelo esquerdos, 40 dias fora entre abril e maio; dores na coxa direita, um jogo fora em junho
Marlone – torção no tornozelo esquerdo, 30 dias fora entre fevereiro e março
Camacho – lesão na coxa esquerda, 30 dias fora em julho
Isaac – lesão muscular na coxa direita, 30 dias fora entre janeiro e fevereiro; lesão ligamentar no pé direito, 30 dias fora entre março e abril




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3393 visitas - Fonte: Globo Esporte

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