29/5/2016 20:11

À vontade, Guilherme vira o camisa 10 que o Corinthians procurava; análise

Em três jogos, meia brilha e se torna vital para esquema tático de Tite. Contra o Sport, participação de Guilherme e variações feitas pelo técnico levam à vitória por 2 a 0

À vontade, Guilherme vira o camisa 10 que o Corinthians procurava; análise
Guilherme cerca Diego Souza; meia cresceu de produção com nova função (Foto: Marlon Costa (Pernambuco Press)



O número 10 nas costas não é por acaso. Guilherme foi contratado pelo Corinthians, em janeiro, para ser o principal armador da equipe, o organizador, o cara. Tite demorou a se entender com o meia – dentro de campo, claro. Mas, no fim de maio, o técnico parece ter encontrado o caminho para Guilherme brilhar.

Em três jogos com novos nomes e novos posicionamentos, uma derrota e duas vitórias para o Corinthians nas últimas três rodadas do Campeonato Brasileiro. Nos 2 a 0 sobre o Sport, neste domingo, na Ilha do Retiro, Guilherme não fez gol. Por outro lado, teve sua melhor atuação com a camisa alvinegra: jogando à vontade, com confiança suficiente para errar, errar e continuar tentando. E quando ele acerta...

– Dei uma bola perfeita para o Marquinhos Gabriel, em outra o Luciano não chegou. Minha função é assim, erra cinco, acerta duas, mas chega ao gol – disse Guilherme, no intervalo.

O meia não precisa de falsa modéstia, pois sabe da qualidade que tem. Ela aparece quando Guilherme tem liberdade para criar e menos responsabilidades na marcação. Com Cristian e Bruno Henrique na proteção à zaga, e Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto pelas pontas, a tarefa fica mais fácil de ser cumprida.

Guilherme foi responsável por sete dos 31 passes errados do Corinthians no jogo. Seu posicionamento, porém, permite que esse tipo de estatística não prejudique tanto o time. Alguns dos acertos? Um lançamento de 50 metros preciso para Marquinhos ficar na cara de Magrão e errar. Outro lançamento para Luciano. E participações nos dois gols do Corinthians.

O primeiro tempo foi de menos chances, até porque o Timão estudava o jogo fora de casa e atuava pela segunda vez em quatro dias no horário das 11h, considerado desumano por Tite. O Corinthians, sem a bola, manteve duas linhas de quatro jogadores na marcação, com Guilherme e Luciano mais avançados.

Mesmo assim, houve brechas. Pelo lado esquerdo da defesa, Uendel teve de brigar sozinho com Samuel Xavier, Everton Felipe e, às vezes, Diego Souza. Giovanni Augusto não conseguiu recompor o setor com eficiência, deixando o Sport quase sempre em superioridade numérica. Por ali, o clube pernambucano criou sua melhor chance: um cruzamento rasteiro de Samuel para Edmilson, estreante do dia, acertar o travessão.

As alternativas de Tite

O Corinthians teve menos a bola do que seu adversário – a posse foi de 59% para o Sport. O time não precisava ficar com ela o tempo todo. Bastava ter mobilidade no ataque. Por isso Lucca, e não André, foi o escolhido para substituir Luciano. Do lado de fora, a torcida pernambucana pedia a volta do mesmo André ao Sport.
Lucca entrou como um centroavante, mas com maior movimentação. Ele passou o ano todo atuando aberto pela esquerda, mas vem sendo testado por Tite na nova função.

Outra mudança: Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel trocaram de lado. O primeiro voltou para o lado direito, onde costumava jogar, e o segundo abriu pelo lado esquerdo, com maior liberdade para invadir a área ao lado de Lucca.

Todas essas variações foram decisivas para o Corinthians vencer o jogo. Mas tudo começou com... Guilherme, claro! Livre, ele iniciou a jogada do primeiro gol no círculo central, ao dar passe longo para Giovanni Augusto na direita. O meia cruzou na cabeça de Lucca, que chegou de trás e, com tempo de bola perfeito, antecipou-se a Samuel Xavier para acertar a bola. O gol não foi obra do acaso. Foi treinamento.

No segundo gol, Guilherme apareceu dentro da área para dar opção de passe, recebeu a bola e, de canhota, encontrou Marquinhos Gabriel livre. Passe pelo alto, inesperado, que deixou o Sport sem reação. Tanto que Marquinhos teve tempo suficiente para observar o posicionamento de Magrão e acertar um lindo chute no ângulo. Com Guilherme em boas condições, o Corinthians pode, sim, sonhar com grandes objetivos neste Campeonato Brasileiro.


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