28/5/2016 18:16
Preparador relata esforço de Cristian para voltar a ser útil no Corinthians
Elogiado pelo volante, Flávio Furlan Grava diz que o jogador ganhou força e potência com trabalhos realizados antes dos treinos gerais: "Não eram treinos confortáveis"
Cristian atende torcedores no Recife
(Foto: Daniel Augusto Jr/ Ag.Corinthians)
A reconstrução do Corinthians após duas eliminações passa pela mudança de esquema tático e pela entrada de novos jogadores. Luciano, por exemplo, ganhou a vaga de André no ataque. Já no meio campo, o antes dispensável Cristian herdou o posto que pertencia a Elias, hoje com a seleção brasileira, e deixou ótima impressão em seu primeiro jogo como titular no ano, na goleada por 3 a 0 para a Ponte Preta.
No domingo, contra o Sport, às 11h, na Ilha do retiro, seguirá dentro da equipe.
Aos 32 anos, o volante recebeu muitas críticas no último ano e meio. Com alto salário, foi pouco aproveitado por Tite. Em 2015, se lesionou e perdeu a concorrência para Ralf e Bruno Henrique. Neste ano, voltou a se machucar e ficou novamente de lado no elenco, quase sendo emprestado pela diretoria. Antes do jogo com a Macaca, só havia disputado 44 minutos de futebol no ano.
– Nunca quis deixar o clube, não vim para passear. Algumas pessoas falam muita coisa que não é verdade, mas respeito, nunca critiquei ninguém , sempre trabalhei e esperei oportunidades. A verdade é que me machuquei. Ano passado machuquei, chegou janeiro me machuquei de novo e quando você faz fisioterapia não faz trabalho físico. Fiquei muito atrás do outros. Tenho de agradecer o Flavinho que me pegou para trabalhos de força. Todo dia chegava cedo para isso.
Joaquim Grava e auxiliar de preparação física do Timão. Para resolver seu desequilíbrio, o volante fez e ainda faz treinos extras de cerca de uma hora antes das atividades do dia no Lab R9, laboratório de biomecânica.
Cristian teve uma sequência de lesões que o afastou. Tinha problemas, principalmente na panturrilha (direita). Identificamos logo que chegou que não tinha os mesmos níveis de potência de agora. Trabalhamos força e potência individualizado. Hoje ele está mais forte e mais rápido.
Como atuava como meia no Fenerbahçe, da Turquia, Cristian demorou ainda para se adpatar às características cobradas por Tite, que sempre o enxergou como primeiro volante, função que fazia com Mano Menezes em 2008 e 2009. E que exige mais da parte física.
– No Fener ele jogava mais parado. Aqui, como primeiro volante, tem de correr, dar combate, tem sprint e desaceleração. Leva um tempo mesmo para se adaptar. Comparo a situação dele com a do Vagner Love, que fez os mesmos trabalhos. Dois consagrados, multicampeões e que não abaixaram a cabeça. Às vezes as críticas vieram fortes, mas Cristian persistiu. Poderia ter saído, mas se submeteu a treinos pesados, não eram coisas confortáveis de fazer. Colhe o resultado.
Após a vitória contra a Macaca, Cristian admitiu que ficou bem perto de sair no início do ano e que chegou a ser procurado por alguns clubes para ser emprestado. Não revelou quais.
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