16/5/2016 11:06

CBF faz testes e tem esperança que Fifa libere uso do vídeo em agosto

Comissão de Arbitragem admite que seja difícil autorização ainda este ano, mas se antecipa. Primeiro experimento foi feito no jogo de ida da final do Campeonato Carioca

CBF faz testes e tem esperança que Fifa libere uso do vídeo em agosto
Lance do jogo de ida da final do Campeonato Carioca, entre Botafogo e Vasco: CBF fez testes do "Árbitro de Vídeo" no jogo, mas sem comunicação com o árbitro principal (Foto: André Durão/ Globoesporte.com)

A CBF ainda não desistiu. Por mais que a Fifa sinalize que vá liberar o uso do vídeo no futebol somente em 2017, a Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf) ainda tem esperanças de conseguir a autorização para que comece o uso já em agosto. Na próxima semana, membros da Conaf irão à Holanda para um workshop destinado aos países interessados na tecnologia. Na ocasião, os brasileiros esperam convencer a Fifa de que estão preparados para dar o pontapé inicial, como diz Sérgio Corrêa, presidente da Conaf.

– A Fifa definiu que seria só em 2017. Estão dizendo que a CBF está mentindo ao falar que pode ser em agosto. Não. Nós só estamos tentando mostrar à Fifa que temos condições de iniciar. Só isso. Vamos tentar uma condição especial. Vamos para a Holanda, vamos ver o projeto deles e vamos continuar tentando até o último minuto para que inicie em agosto. Estamos trabalhando nisso há seis meses, temos mapeamento de todos os estádios, tudo está pré-estabelecido. Falta só a autorização. Se não sair, vamos ter mais tempo para preparar. Não estamos com pressa, é projeto antigo, temos tudo preparado – declarou Corrêa.

Mesmo sem a resposta positiva da Fifa, a CBF já se antecipou. A entidade já realizou testes com os equipamentos para o projeto chamado “Árbitro de vídeo”. A primeira experiência, ainda sem comunicação com o árbitro principal, ocorreu no jogo de ida da decisão do Campeonato Carioca, entre Vasco e Botafogo, no Maracanã, e teve apoio da Ferj. A intenção é fazer mais testes, até mesmo com o envolvimento do juiz em campo. No entanto, tais avaliações deveriam acontecer em amistosos ou jogos amadores. A CBF espera usar os torneios de base.

No único teste feito até agora, o autor do projeto, Manoel Serapião, foi o responsável por liderar o experimento. Ele assumiu o papel de árbitro de vídeo ao analisar, instantaneamente, possíveis jogadas que teriam que ser analisadas no clássico entre Vasco e Botafogo. Serapião, que é diretor-técnico da Escola Nacional de Arbitragem, também crê que o futebol brasileiro já esteja preparado para incorporar a novidade.

– Nós estávamos no Maracanã, mas em uma unidade móvel. Não estávamos no campo de jogo. O árbitro (de vídeo) não precisa ficar no campo, até porque para ficar no campo seria complicado. A experiência foi extremamente válida. Podemos traçar uma diretriz mais real do que imaginávamos. Criamos um protocolo de atuação. Teremos alguns impactos substanciais na partida e estamos indo para Amsterdam para discutir o protocolo. Estamos criando sinais para o árbitro indicar quando ele souber da decisão após a consulta no vídeo. Um exemplo seria um sinal para indicar se foi gol ou não em um lance duvidoso – comentou Manoel.

Segundo o presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa, a CBF não irá divulgar em quais partidas os testes serão feitos. Ele assegurou que as cabines onde o árbitro de vídeo e seu assistente trabalharão serão monitoradas. O material e local para treinamentos dos árbitros, além de uma lista com os possíveis nomes para ocuparem a função já foram criados. Falta apenas a autorização da Fifa.
– Só não faremos em agosto por determinação da Fifa, mas vamos continuar trabalhando. A estrutura não é simples, mas o trabalho é. O vídeo não vai acabar com erros. No próprio teste que fizemos, tivemos duas situações no jogo que não tínhamos a imagem. Às vezes acontecem situações que fogem do nosso controle. Mas foi muito satisfatório esse primeiro evento. Tudo estava sendo feito no papel, tivemos várias reuniões, testes mentais, e agora já temos uma base melhor para seguir trabalhando – definiu Sérgio.

O recurso do vídeo será permitido somente em quatro ocasiões: para determinar se um gol foi marcado, em casos de expulsão, marcações de pênalti e para identificar um determinado jogador, caso haja suspeita de punição equivocada a um atleta. A tecnologia não servirá para lances de impedimento, a menos que seja uma clara situação de gol. Segundo Corrêa, técnicos, jogadores ou qualquer membro de comissão técnica não poderão requisitar a revisão de um lance. A decisão partirá apenas do árbitro principal. O orçamento total previsto é entre R$ 12 e R$ 15 milhões.


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