Torcedores exaltaram festa para acender sinalizadores no estádio de Itaquera (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

A luta da torcida do Corinthians na noite desta quarta-feira não foi só pela classificação às quartas de final da Copa Libertadores da América. Pouco antes do apito inicial, no setor Norte, destinado às torcidas organizadas do clube e atrás do gol então defendido por Cássio, foram acendidos diversos sinalizadores e uma faixa com os dizeres: “Toda essa festa é por amor ao nosso Timão, e isso não é crime”.

A contestação diz respeito a uma medida adotada pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) em fevereiro de 2013, que proibiu desde então a utilização dos artefatos em estádios. A decisão, que impõe punições severas a quem descumpri-la, como perda de mando de campo, saiu apenas uma semana depois da morte do garoto boliviano Kevin Espada, atingido por um sinalizador naval que partiu da torcida corintiana no confronto contra o San José, em Oruro.

A fumaça causada pelos objetos, muito diferentes daquele usado na Bolívia, pois só fazem fumaça e não disparam como se fossem um tiro, caso do sinalizador naval, atrasou o início da partida em sete minutos. O árbitro Néstor Pitana esperou a visibilidade ficar ao menos aceitável para decretar apitar o começo do embate.

Ainda momentos antes do duelo, nos arredores do estádio, podiam ser observadas diversas filas para a entrada dos torcedores. Até 15 minutos de bola rolando pessoas entravam no mesmo setor Norte, em grande número, além de algumas movimentações nas outras arquibancadas.

Após o gol marcado pelo Nacional, com cerca de cinco minutos de jogo, alguns membros da Camisa 12 atearam fogo a uma pequena faixa e formaram uma espécie de fogueira, voltando a jogar bastante fumaça para o campo de jogo. Dessa vez, no entanto, o juiz apenas conversou com os atletas e deixou a partida seguir normalmente.

Além da ocasião nesta quarta, a torcida do São Paulo também fez festa com sinalizadores antes da partida contra o Toluca-MEX, no Morumbi, na semana passada. Naquela oportunidade, os tricolores clamaram “contra o futebol moderno” e pediram o fim da mesma proibição.