4/5/2016 13:08
Corinthians faz 'caça à bruxas' após escândalo e pode reformular a base
Mané da Carne é apontado como pivô de escândalo (Foto: Reprodução/Facebook)
Os mais variados grupos políticos no Parque São Jorge pressionam para que o presidente Roberto de Andrade faça mudanças no comando das divisões menores. E elas devem acontecer ainda nesta semana.
A maior cobrança é para que o mandatário alvinegro tire José Onofre de Souza Almeida do cargo de diretor geral do departamento de formação de atletas.
Apesar de ele não ser acusado pelo empresário americano Helmut Niki Apaza, o dirigente é apontado internamente no clube como um dos beneficiários do dinheiro.
Em entrevista ao GloboEsporte.com no último sábado, o ex-gerente da base Fábio Barrozo, um dos pivôs do caso, disse que Niki pagou a ele e a Onofre uma viagem aos Estados Unidos com direito a hospedagens para conhecer o projeto dele com futebol na América do Norte. O empresário afirma que o valor de US$ 50 mil era referente a uma procuração para representar o Timão no exterior.
Uma reunião deve acontecer ainda nesta semana entre a diretoria e os principais integrantes das categorias de base para decidir os próximos passos. A direção pediu explicações a Onofre e deu a ele a oportunidade de se defender. Em resumo, precisa provar que não tem culpa no caso. A tendência é de que ele deixe a função. Integrantes da oposição e até mesmo da situação acreditam que a queda dele passou a ser inevitável depois do surgimento do escândalo que envolve o garoto Alyson José da Motta.
Outros funcionários também devem ser demitidos do comando das divisões menores para que um processo de reformulação seja iniciado. Dirigentes entendem que esse seja o momento ideal para trocar pessoas e acabar com supostos esquemas. Depois da saída de Barrozo, em meados de abril, outros dois integrantes do departamento de futebol amador já foram desligados.
A pressão também está sobre Mané da Carne, apontado como o principal beneficiário dos US$ 60 mil investidos pelo empresário. Dono de muita influência no clube, o conselheiro vitalício se movimenta nos bastidores para abafar o caso, mas vem sendo atacado por todos os lados. Há até a possibilidade de as principais torcidas organizadas ligadas ao clube protestarem contra o conselheiro.
Segundo relatos ouvidos pela reportagem, Mané trabalhou nos últimos dias para derrubar o diretor adjunto de futebol profissional Eduardo Ferreira, mas não conseguiu. O dirigente assinou uma carta autorizando Niki a representar o Timão nos Estados Unidos, porém, nega qualquer envolvimento no caso.
Apesar de não mais ter cargo na diretoria, o ex-presidente Andrés Sanchez participa ativamente da articulação nos bastidores. Desta vez, nem mesmo o poder político do atual deputado federal deve salvar Mané da Carne, funcionário dele na Câmara dos Deputados e um de seus maiores aliados na ascensão que teve ao poder no Parque São Jorge.
Roberto de Andrade entregou na terça-feira à Comissão de Ética do Conselho Deliberativo todos os documentos referentes à denúncia do empresário americano. O caso será analisado nos próximos dias. Se Evangelista for considerado culpado, o conselheiro pode ser advertido, suspenso ou até mesmo expulso.
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