Romero e Rodriguinho evitaram atrito com quem está no caminho pela Libertadores (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Tite criou polêmica com o Nacional quando o time uruguaio nem sequer era cotado para enfrentar o Corinthians nas oitavas de final da Copa Libertadores da América – o que só não ocorrerá se o venezuelano Trujillanos vencer o River Plate em Buenos Aires na noite desta quinta-feira.

Ao falar sobre a eliminação precoce do Palmeiras no grupo 2, na semana passada, Tite alegou que houve “nível de competição baixo, baixo, baixo” na derrota do Nacional por 2 a 0 para o argentino Rosario Central. O resultado desclassificou o grande rival do Corinthians, que goleou o uruguaio River Plate à toa na rodada derradeira.

Para os comandados de Tite, no entanto, o estranhamento do treinador com a conduta do Nacional não deverá ser levado em consideração no mata-mata. O primeiro a minimizar a suspeita que envolvia o Palmeiras foi o atacante paraguaio Ángel Romero.

“Fase de grupos de Libertadores é totalmente diferente de mata-mata. Serão outros jogos, um em casa e outro como visitante. O Tite falou aquilo porque era um jogo de fase de grupos”, desconversou Romero. “Mas, contra qualquer time, será difícil para nós”, mudou de assunto.

No ano passado, o próprio Tite se irritou com o tipo de insinuação que fez. O técnico do gaúcho não gostou de saber que Edgardo Bauza, então no San Lorenzo, teria desconfiado que o Corinthians fraquejaria para eliminar o São Paulo na fase de grupos. Mais tarde, admitiu que entendeu mal o argentino.

Por enquanto, Tite e os comandados não querem falar muito do Nacional. A ordem é se preocupar exclusivamente com o Campeonato Paulista, já que haverá semifinal contra o Grêmio Osasco Audax a partir das 18h30 (de Brasília) de sábado, em Itaquera.

“Vamos esperar uma confirmação do adversário da Libertadores para realmente estudá-lo, ver vídeos”, postergou o meia Rodriguinho, contendo a empolgação com a vitória por 6 a 0 sobre o chileno Cobresal, na quarta-feira. “A equipe não pode se abater com as críticas e deve se manter serena com os elogios. Cada jogo tem uma história diferente”, concluiu, em lição que serve também para o Nacional.