13/4/2016 13:47
Investigado na Lava Jato, vice do Timão apresenta defesa no Conselho
André Luiz Oliveira, o André Negão, se defendeu das suspeitas de receber propina durante obras da arena. Conselho pedirá os documentos do caso para a Justiça
André Negão na chegada à Polícia Federal (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Vice-presidente do Corinthians, André Luiz Oliveira apresentou sua defesa à Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians na última terça-feira. Ele foi alvo da Operação Xepa, uma das fases da Lava Jato, que investiga esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras e empreiteiras. André é suspeito de ter recebido R$ 500 mil em propinas da Odebrecht durante as obras da arena.
Sérgio Alvarenga, vice-presidente do Conselho Deliberativo, agora pedirá à Justiça as cópias do que foi apurado contra o dirigente para dar sequência aos procedimentos. Dependendo das conclusões, André Negão pode sofrer punições internas. Em sua defesa, é claro, ele descarta qualquer envolvimento no esquema.
– Ele negou qualquer irregularidade. Na segunda-feira, haverá reunião do Conselho e ele disse que dará suas explicações diretamente a ele. É o correto – explicou Alvarenga.
Levado para prestar depoimento da Polícia Federal no dia 22 de março, o vice-presidente do Corinthians foi preso por porte ilegal de armas depois que policiais encontraram duas pistolas 380 na casa dele, ambas em situação irregular. O dirigente pagou fiança de R$ 5 mil para deixar a prisão. Na saída, ele negou que tenha recebido dinheiro ilegal da construtora.
– Eles me perguntaram se eu tinha recebido propina, eu falei que não – garantiu Negão.
Na semana passada, o presidente Roberto de Andrade saiu em defesa do vice e pediu para que sejam aguardadas as conclusões das investigações.
– Não existe (possibilidade de) afastamento porque ele é um vice eleito. Tem que ser por conta dele. Nós temos que esperar as coisas acontecerem, não vamos prejulgar ninguém.
André Negão é braço-direito do ex-presidente do Corinthians e atual deputado federal (PT-SP), Andrés Sanchez. Atualmente, ele exerce a função de funcionário de gabinete do político – seu salário é de R$ 12.940 –, mas continua com muita força na articulação política do Timão.
Ex-cambista de jogo do bicho, André Negão hoje não tem atuação no futebol do Corinthians, mas é o principal elo de Andrés dentro do Parque São Jorge, com grande influência na área social. Membro do grupo "Renovação & Transparência", ele se coloca como o favorito na linha sucessória da presidência, após a gestão de Roberto de Andrade, em 2018.
Até o início do ano, o zagueiro André Vinícius, filho do vice-presidente, tinha vínculo com o Timão. Revelado na base do clube, nunca foi aproveitado, passando por empréstimos. Outro fato curioso sobre André Negão é que ele já foi alvo de sete tiros, em uma tentativa de assassinato.
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