8/3/2016 18:50

Em ofício para árbitros, CBF aconselha até "evitar jornalistas" em redes sociais

Documento com orientações para 2016 também mantém rigor contra reclamações e casos de bola na mão. Entidade reforça uso do cartão por comemoração com torcida

Em ofício para árbitros, CBF aconselha até
Detalhe do ofício da CBF: entidade usa imagens de comemoração dos jogadores para justificar punição para quem celebrar gol com torcida (Foto: Reprodução/CBF)

Manter a tolerância zero contra cartões amarelos, punir os jogadores que comemorem gols com a torcida, marcar pênaltis em lances de "mão deliberada" e até ter cuidado em aceitar jornalistas como amigos nas redes sociais. Essas são algumas das orientações da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf) da CBF para 2016, enviadas aos árbitros em circulares distribuídas também às federações.

As novidades são poucas. O destaque é a manutenção das mudanças do ano passado que, na avaliação da CBF, foram positivas. A principal delas é a chamada "cruzada pelo respeito", que se refere à punição às reclamações acintosas dos jogadores contra decisões da arbitragem. Segundo a CBF, a medida provocou "melhoria na qualidade de nosso futebol, o que se revela em mais respeito, menos faltas e mais tempo de bola rolando". No ofício, a CBF exige melhor posicionamento dos árbitros nos lances de reclamações, "postura firme e destemida" e diz ainda que "o futebol não pode ser vítima nem de árbitros fracos, nem de jogadores, treinadores ou dirigentes indisciplinados, que atendam contra a boa conduta esportiva".

Em seu balanço oficial da arbitragem de 2015, a entidade registrou aumento na média de cartões amarelos na Série A de 4,64 por jogo em 2014 para 4,8 no ano passado. A Série B também teve aumento: de 5,06 em 2014 para 5,21 em 2015. No entanto, a CBF celebra a diminuição na média de faltas. Em 2014, a Série A registrou 32,65 faltas por partida, contra 28,65 do ano passado. Na Série B, o número foi de 35,81 há dois anos para 30,48 em 2015. O documento ainda reforça a necessidade de punir os jogadores que comemorem gols com a torcida. A justificativa é a segurança.

– Nos novos estádios, os alambrados foram substituídos por equipamentos modernos em que há escadas móveis para facilitar o acesso do público ao campo em situações emergenciais. A subida dos atletas em tais escadas corresponde à subida nos alambrados, sem desconsiderar que a proximidade dos jogadores com o público tornou-se ainda maior, fazendo crescer o nível de risco. A aplicação, portanto, do cartão amarelo ao jogador que primeiro subir em tais escadas continua sendo exigida – prevê o ofício.

BOLA NA MÃO OU MÃO NA BOLA?

Alvo de várias polêmicas no ano passado, as recomendações sobre marcações de mão na bola seguem para 2016. Apesar das intensas reclamações, na avaliação da CBF apenas três dos 25 pênaltis marcados devido ao toque de mão na bola no ano passado foram irregulares. A Comissão de Arbitragem determina que os juízes devem avaliar, entre outras coisas, o movimento da mão em direção à bola, a distância entre o adversário e a bola e, principalmente, se o jogador tentou ou não evitar o toque de mão. O presidente da Conaf, Sérgio Corrêa, diz que as polêmicas criadas são desnecessárias e citou alguns exemplos de críticas exageradas na Série A do ano passado.

– Tivemos apenas três erros diagnosticados. Se falou muito do Luiz Flávio de Oliveira, que marcou pênalti para o Corinthians contra o Sport (mão de Rithely) e não marcou do Flamengo contra o Cruzeiro (mão de Pará). Mas no lance do Flamengo, a bola bateu na perna do jogador e depois na mão. Aí não é pênalti. O mesmo em São Paulo e Vasco. O Dewson (Freitas da Silva) não marcou pênalti para o Vasco, porque após a cabeçada a bola bate no ombro do zagueiro e depois na mão – explica Sérgio Corrêa, se referindo ao empate por 2 a 2 entre São Paulo e Vasco, pela 31ª rodada da Série A de 2015.
CUIDADOS NAS REDES SOCIAIS E OUTRAS ORIENTAÇÕES

Entre as 26 orientações apresentadas no ofício, a CBF também prevê cuidados com as redes sociais. A Entidade recomenda que os árbitros tenham "cuidado em aceitar amigos, pois alguns podem ser jornalistas", "não postar fotos ou mensagens que possam lhe trazer problemas" e, no fim, traz a recomendação principal: "pense antes de postar".

A CBF ainda proíbe que os árbitros deem entrevistas ou façam comentários sobre lances de ordem técnica e disciplinar. O documento traz orientações sobre os códigos a serem usados na comunicação por rádio, determina rigor nas punições por simulação de faltas e agarra-agarra na área e reitera que o ofício pode ser atualizado com a aprovação do uso do vídeo na arbitragem.


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