Renato Augusto vê a crise econômica brasileira como um empecilho para a permanência (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
O técnico Tite fala repetidamente que o maior reforço do Corinthians para 2016 será a manutenção de boa parte do elenco campeão brasileiro em 2015. Os seus jogadores já aderiram ao discurso. Alguns deles, no entanto, sabem que estão sujeitos a deixar o clube do Parque São Jorge.

“Manter o maior número de jogadores possível é o primeiro passo para fazer uma boa Libertadores. Mas, do jeito que a economia está, é quase inevitável perder alguém”, ressalvou o meia Renato Augusto, nesta segunda-feira, logo após ser premiado pela ESPN e pela revista Placar com uma Bola de Ouro e uma Bola de Prata.

O reconhecimento faz justamente de Renato Augusto um dos atletas mais cobiçados do Corinthians. Ele já iniciou negociações com a diretoria para renovar contrato, com validade até o final do ano que vem, porém ainda vê incertezas no seu futuro profissional.

“Tenho vontade de ficar, mas sei que o problema financeiro é muito grande no Brasil. Então, se o Corinthians sentir necessidade de me vender, não terei como ficar. Mas, a princípio, quero seguir até a Libertadores pelo menos”, delimitou Renato, contando com um aumento salarial para ir além do torneio continental. “É claro que você se valoriza quando vive um bom momento. Se chegar uma proposta hoje, já é diferente. Mas só vou aceitar se for algo muito acima da média para mim e para o clube”, garantiu.

Quem pensa da mesma maneira é o volante Elias. O jogador que rejeitou um retorno para o Flamengo quando o Corinthians sofria para manter os seus destaques – como o peruano Paolo Guerrero, hoje no clube carioca – também não está completamente seguro de sua longevidade no time do coração.