28/11/2015 07:33

Corintianos de ferro? Entenda como campeões se lesionaram tão pouco

Corintianos de ferro? Entenda como campeões se lesionaram tão pouco
Fisioterapeuta Bruno Mazziotti (direita) celebra conquista do Brasileirão

Entre as muitas explicações para a campanha vitoriosa do Corinthians está o baixo número de lesionados. Muito abaixo, inclusive, da média do Campeonato Brasileiro. A linha de raciocínio mais comum é sempre apontar o número pequeno de lesões como fruto da sorte do time, desvalorizando o mérito do trabalho. O campeão Corinthians acredita que não.

Mas se não é por sorte, seriam os corintianos os homens de ferro da temporada 2015? "Há uma média de 65 intercorrências (lesões) por equipe na Série A. Esse ano nós tivemos 23", explica o fisioterapeuta corintiano Bruno Mazziotti ao UOL Esporte.

"Esse número é reforçado com dados da Uefa. Segundo eles, a média na Europa é de que cada atleta sofre duas intercorrências por temporada e, na média, cada elenco tem 30 jogadores. A gente supera a Europa em número de jogos, é importante entender isso. É um dado real, qualificado, um número que trabalhamos", acrescenta Mazziotti.

Com um minucioso estudo de prevenção de lesões feito pela comissão técnica, o dado citado acima por Mazziotti permitiu a Tite escalar quase sempre seus melhores jogadores. Jadson, Gil, Edu Dracena, Elias, Ralf, Malcom e Vagner Love estão entre os atletas que não perderam nenhuma partida por problema físico. Renato Augusto praticamente engrossa essa estatística: perdeu só dois jogos, mas na 2ª e na 3ª rodada do torneio.
Lançado em 2011, o laboratório para prevenir lesões é uma das explicações do Corinthians para números tão baixos. Mas, para o fisioterapeuta, está associado ao estafe de qualidade.

"Faço sempre essa relação. Toda tecnologia é favorável, mas com pessoas capacitadas a fazer o trabalho. Não adianta eu ter uma Ferrari se não sei dirigir. Todo investimento é calcado e baseado em expertise e know how. Temos profissionais capacitados. Temos um treinador que sabe delegar, sabe dar responsabilidade aos profissionais e faz muitas reuniões para definir situações pontuais do grupo. Isso aumenta o nível de responsabilidade de todos", opina.

Tão importantes quanto os dados, de certa forma, é o fato de que eles se mantêm. Mazziotti se lembra que com Mano Menezes, na temporada 2014, os números do Corinthians foram semelhantes. Em vez de 24 lesões, foram 23. Agora, a meta é reduzir mais para o próximo ano. A ideia é definir, em breve, quais poderão ser os períodos mais desgastantes de 2016 para quantificar as cargas de treinamento ao longo dos meses e prevenir.

"Setembro foi o mês que tivemos mais lesões, porque tivemos 13 jogos em setembro, com um intervalo menor entre as partidas e já com o acúmulo de carga de toda a temporada. Vamos sentar nos números, avaliar o que pode ser feito", explica o fisioterapeuta, com a mostra de que o número baixo ou alto de lesionados pode ir muito além de sorte e azar.


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