O título do Corinthians no Campeonato Brasileiro é apenas uma questão de tempo. Mas o torcedor do Timão terá motivos extras para comemorar. A equipe, além de sobrar na competição, deu um banho sobre os principais rivais paulistas. A diferença em relação ao concorrente mais próximo, o Santos, é de 22 pontos. Em relação ao São Paulo, chega a 23. Já o Palmeiras amarga uma desvantagem de impressionantes 28 pontos em comparação ao líder. A Gazeta Esportiva selecionou os principais fatores que levaram o Timão a essa superioridade absurda.
As diferenças entre o quarteto paulista
Intensidade – O Corinthians joga em uma intensidade parecida com equipes europeias, tanto defensivamente como ofensivamente, algo muito valorizado por Tite. O Santos se destaca pelo bom desempenho ofensivo, mas sem a mesma regularidade, principalmente fora de casa. São Paulo e Palmeiras são irregulares, inclusive com oscilações dentro dos jogos.
Técnico – Não há dúvidas que Tite é o melhor técnico do momento, tanto que é cogitado para a Seleção. O Santos se acertou com Dorival, que chegou à equipe somente no fim do primeiro turno, enquanto o Palmeiras patina com Marcelo Oliveira e o São Paulo nem um treinador efetivo tem depois da saída de Doriva.
Sistema defensivo – O Corinthians formou a melhor defesa do Campeonato Brasileiro e dá um banho nos rivais. Santos e Sâo Paulo tiveram desempenhos dentro da média, sem empolgar. O Palmeiras, por sua vez, foi a grande decepção, sem encontrar a consistência neste quesito, sofrendo até cinco gols da Chapecoense no Sul.
Criação – Meio-campistas Jadson e Renato Augusto são os grandes candidatos ao prêmio de melhor jogador do campeonato. O Santos encantou a partir do momento em que Lucas Lima começou a brilhar. O São Paulo decepcionou com a falta de consistência de Ganso e Michel Bastos, enquanto o Palmeiras tem sido criticado justamente por não aproveitar seu meio-campo e exagerar nos chutões.
Poder ofensivo – Após um período de dúvidas com a oscilação de Vagner Love, o Corinthians tem sido arrasador no fim do campeonato. O Santos também brilha sob o comando de Ricardo Oliveira. O São Paulo depende do talento individual de Pato, enquanto o Palmeiras tem Dudu como seu principal nome, mas sofre com a falta de um matador.
Organização fora de campo – O Corinthians não foi perfeito nesta área porque derrapou um pouco sobretudo ao atrasar alguns direitos de imagem. Mas conseguiu administrar com maestria a dificuldade, tanto que o elenco seguiu firme e concentrado no Brasileirão. O Palmeiras manteve os salários em dia e deve ser destacado pela evolução, porém algumas contratações de 2015 são questionadas. O Santos também se acertou melhor durante o ano, depois de um início desanimador e a troca de técnicos. O São Paulo foi a grande decepção, com brigas políticas, acusações de irregularidades na gestão e até a renúncia de Carlos Miguel Aidar do cargo de presidente.